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ONU envia representante a Cuba após "não" a paz na Colômbia

O secretário-geral explicou que decidiu enviar o representante à capital para "oferecer apoio" às partes negociadoras para que "continuem com as consultas"


	Farc: Ban confessou que esperava "um resultado diferente" no referendo
 (John Vizcaino/Reuters)

Farc: Ban confessou que esperava "um resultado diferente" no referendo (John Vizcaino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 3 de outubro de 2016 às 12h26.

Genebra - O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, enviou nesta segunda-feira para Havana seu representante especial para o processo de paz na Colômbia, Jean Arnault, para oferecer apoio ao governo colombiano, após a rejeição ao acordo de paz em referendo.

"Após conhecer os resultados do referendo de ontem, decidi enviar meu representante especial, Jean Arnault, a Havana", disse Ban em entrevista coletiva em Genebra.

O secretário-geral explicou que decidiu enviar seu representante especial à capital de Cuba para "oferecer apoio" às partes negociadoras para que "continuem com as consultas".

Os representantes governamentais se reuniram em Havana durante quatro anos com os dos guerrilheiros das Forças Revolucionárias da Colômbia (Farc) para negociar e firmar o acordo que foi assinado na semana passada em Cartagena das Índias.

Ban confessou que esperava "um resultado diferente" no referendo, mas que permanece se sentindo encorajado pelo fato de que tanto o presidente Juan Manuel Santos, como o líder das Farc, Rodrigo Londoño Echeverri - que também é conhecido como "Timochenko" -, tenham mostrado explicitamente seu compromisso com o processo de paz, apesar do resultado do referendo.

Em um resultado que surpreendeu a maioria dos observadores, a opção pelo "não" venceu o "sim" com 50,21% dos 12,8 milhões de votos válidos.

Além disso, Ban se mostrou convencido de que o caminho da paz não tem volta, e pediu à população que apoie o processo.

"Em Cartagena fui testemunha do profundo desejo do povo da Colômbia para acabar com a violência, conto com eles, para que pressionem até que se alcance a paz definitiva", concluiu o secretário-geral da ONU. 

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