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ONU e OEA alertam que preço de alimentos ultrapassou nível de 2008

Organização consideram que alta dos preços pode continuar no curto prazo, ameaçando a segurança alimentar na América Latina

ONU e OEA temem que a alta dos preços prejudique o pequeno produtor (VEJA SP)

ONU e OEA temem que a alta dos preços prejudique o pequeno produtor (VEJA SP)

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Da Redação

Publicado em 2 de março de 2011 às 17h13.

Santiago - As Nações Unidas e a Organização dos Estados Americanos (OEA) alertaram nesta quarta-feira que a volatilidade dos preços internacionais dos alimentos aumentou desde o segundo semestre de 2010 e que estes ultrapassaram inclusive os níveis alcançados durante a crise de 2008.

Além disso, essa volatilidade "permanecerá alta no futuro próximo", segundo um relatório divulgado no Chile por Comissão Econômica Para a América Latina e o Caribe (Cepal), a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA).

Na América Latina e no Caribe, a volatilidade dos preços pode ter como consequência perdas na eficiência econômica, a redução da segurança alimentar e o aumento da desnutrição, assim como efeitos negativos sobre a balança comercial.

Além disso, a instabilidade acarreta maiores riscos para os produtores da região, especialmente para os pequenos agricultores, pois aumenta a incerteza sobre suas receitas, diz o comunicado.

As três agências também não descartam que na América Latina e no Caribe haja mobilizações sociais de descontentamento, como ocorreu durante a crise alimentícia de 2007 e 2008.

Diante desta situação, propõem aumentar a produção de alimentos, principalmente com o apoio aos pequenos produtores, assim como potenciar os programas de transferências condicionadas para as povoações mais vulneráveis.

A Cepal, a FAO e o IICA também consideram fundamental atribuir maiores orçamentos e investir no desenvolvimento institucional do setor agrícola, assim como desenvolver mercados nacionais que conectem de forma mais direta a produção com a demanda local.

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