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ONU diz que 11 mil sírios fugiram do país em 24 horas

O ritmo de emigração no país do Oriente Médio é de 2 mil pessoas por dia, indicou o representante do Acnur

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 9 de novembro de 2012 às 13h35.

Genebra - Nas últimas 24 horas, 11 mil sírios fugiram para os países vizinhos, o que representa o fluxo "mais elevado visto nos últimos tempos", segundo declarações dadas nesta sexta-feira pelo coordenador regional do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), Panos Moumtzis.

Moumtzis detalhou que 9 mil refugiados chegaram à Turquia, mil foram para a Jordânia e mil, para o Líbano. O ritmo de emigração no país do Oriente Médio é de 2 mil pessoas por dia, indicou o representante do Acnur.

O coordenador regional do organismo discursou após uma reunião do Fórum Humanitário para a Síria com participação de delegados das agências humanitárias ativas no país e dos Estados que financiam suas operações.

Com essa repentina onda de sírios que conseguiram emigrar, o número total de refugiados nas nações vizinhas - incluindo o Iraque - chega a 408 mil pessoas, das quais o 75% são mulheres e crianças, revelou Moumtzis.

O representante do Acnur reconheceu, no entanto, que o número real de sírios que cruzaram a fronteira com algum desses países é maior, mas que não estão nas estatísticas porque não pediram para serem registrados como refugiados seja porque não precisam de ajuda ou porque não se sentem cômodos.

Moumtzis lembrou que a projeção do Acnur, na qual baseia seus planos de trabalho, é que o número dessas vítimas da guerra civil na Síria chegue a 710 mil pessoas até o fim deste ano.

Atualmente, os refugiados no Líbano e na Jordânia são 114 mil em cada país, enquanto na Turquia superam os 120 mil, de acordo com Acnur.

"Observa-se um aumento da violência, a deterioração da situação humanitária, um maior sofrimento e mais perdas humanas e econômicas. A economia colapsa e há uma gigantesca destruição da infraestrutura", disse o coordenador do Programa Mundial de Alimentos para a Síria, Radhouane Nouicer, ao comentar a situação atual em comparação com a de setembro passado, quando aconteceu a reunião anterior do Fórum Humanitário. 

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