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ONU compara tragédia das Filipinas com tsunami de 2004

A representante da ONU para redução do risco por desastres comparou a devastação provocada pelo tufão "Haiyan", nas Filipinas, com a tragédia do tsunami em 2004

Navio carregado para a terra por tufão: "é uma tragédia comparável ao tsunami de 2004", disse representante da ONU (Romeo Ranoco/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 12 de novembro de 2013 às 13h25.

Genebra - A representante especial da ONU para a redução do risco por desastres, Margareta Wahlström, comparou nesta terça-feira a gravidade e o nível de devastação provocados pela passagem do tufão "Haiyan" nas Filipinas , com a tragédia do tsunami no Oceano Índico em 2004.

"É uma tragédia comparável ao tsunami de 2004, que mudou os rumos das prevenções de desastres", disse perante a imprensa em Genebra Wahlström, que indicou que o tufão "Haiyan" vai marcar igualmente "um ponto de inflexão" neste sentido.

Para Wahlström, a passagem do tufão pelas Filipinas foi um "revés importante" para todos os que, como ela, "pensavam que tinha reduzido as perdas humanas a partir dos principais eventos climáticos".

"Há uma necessidade urgente de examinar a relação entre os desastres e a pobreza. A educação, os sistemas de alarme, o planejamento urbano e as normas de construção são questões-chave em um mundo onde tudo é possível em termos do impacto dos desastres", ressaltou.

Sobre o impacto deste desastre, também se pronunciou hoje a Organização Internacional do Trabalho (OIT), que indicou que quase três milhões de filipinos perderam seus meios de trabalho por causa do desastre, o que representa um custo econômico para o país de entre US$ 12 e 15 milhões.

"A perda de vidas e a magnitude da destruição são dilaceradoras. Há milhões de pessoas em circunstâncias desesperadas que precisam reconstruir suas vidas de forma imediata", assinalou em comunicado o diretor-geral da OIT, Guy Ryder.

Mais de um milhão de camponeses e pescadores perderam seus meios de produção e centenas de milhares de hectares de arrozais ficaram destruídos, enquanto a situação é especialmente grave para aqueles que vivem das plantações de coco, que podem demorar até dez anos para se recuperar.

Por isso, a OIT advoga pela criação de planos de formação que permitam orientar estas pessoas rumo a outras atividades trabalhistas e, por enquanto, com o pedido de US$ 301 milhões lançado pela ONU, organização que deve iniciar um programa de "trabalho por dinheiro".

Dentro desta chamada de fundos global da ONU, a Organização Internacional da Migrações (OIM) conta com US$ 21,5 milhões para garantir o funcionamento de 1.790 centros de evacuação que abrigam já a umas 450 mil pessoas.

Desse dinheiro, US$ 16 milhões serão destinados ao abastecimento de emergência com a distribuição, amanhã, quarta-feira, de 5 mil lonas de plástico na devastada cidade de Tacloban.

O chefe da missão da OIM nas Filipinas, Marco Boasso, indicou que o nível de destruição das infraestruturas está dificultando gravemente a entrega da ajuda humanitária de emergência.

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Genebra - A representante especial da ONU para a redução do risco por desastres, Margareta Wahlström, comparou nesta terça-feira a gravidade e o nível de devastação provocados pela passagem do tufão "Haiyan" nas Filipinas , com a tragédia do tsunami no Oceano Índico em 2004.

"É uma tragédia comparável ao tsunami de 2004, que mudou os rumos das prevenções de desastres", disse perante a imprensa em Genebra Wahlström, que indicou que o tufão "Haiyan" vai marcar igualmente "um ponto de inflexão" neste sentido.

Para Wahlström, a passagem do tufão pelas Filipinas foi um "revés importante" para todos os que, como ela, "pensavam que tinha reduzido as perdas humanas a partir dos principais eventos climáticos".

"Há uma necessidade urgente de examinar a relação entre os desastres e a pobreza. A educação, os sistemas de alarme, o planejamento urbano e as normas de construção são questões-chave em um mundo onde tudo é possível em termos do impacto dos desastres", ressaltou.

Sobre o impacto deste desastre, também se pronunciou hoje a Organização Internacional do Trabalho (OIT), que indicou que quase três milhões de filipinos perderam seus meios de trabalho por causa do desastre, o que representa um custo econômico para o país de entre US$ 12 e 15 milhões.

"A perda de vidas e a magnitude da destruição são dilaceradoras. Há milhões de pessoas em circunstâncias desesperadas que precisam reconstruir suas vidas de forma imediata", assinalou em comunicado o diretor-geral da OIT, Guy Ryder.

Mais de um milhão de camponeses e pescadores perderam seus meios de produção e centenas de milhares de hectares de arrozais ficaram destruídos, enquanto a situação é especialmente grave para aqueles que vivem das plantações de coco, que podem demorar até dez anos para se recuperar.

Por isso, a OIT advoga pela criação de planos de formação que permitam orientar estas pessoas rumo a outras atividades trabalhistas e, por enquanto, com o pedido de US$ 301 milhões lançado pela ONU, organização que deve iniciar um programa de "trabalho por dinheiro".

Dentro desta chamada de fundos global da ONU, a Organização Internacional da Migrações (OIM) conta com US$ 21,5 milhões para garantir o funcionamento de 1.790 centros de evacuação que abrigam já a umas 450 mil pessoas.

Desse dinheiro, US$ 16 milhões serão destinados ao abastecimento de emergência com a distribuição, amanhã, quarta-feira, de 5 mil lonas de plástico na devastada cidade de Tacloban.

O chefe da missão da OIM nas Filipinas, Marco Boasso, indicou que o nível de destruição das infraestruturas está dificultando gravemente a entrega da ajuda humanitária de emergência.

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