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ONU chama atenção para possível ruína financeira de países mais pobres

Para secretário-geral mundo precisa de ações concretas para se recuperar após a pandemia

U.N. Secretary General Antonio Guterres talks at the Munich Security Conference in Munich, Germany, February 16, 2018. REUTERS/Ralph Orlowski (Ralph Orlowski/Reuters)

U.N. Secretary General Antonio Guterres talks at the Munich Security Conference in Munich, Germany, February 16, 2018. REUTERS/Ralph Orlowski (Ralph Orlowski/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 21 de novembro de 2020 às 12h45.

Última atualização em 21 de novembro de 2020 às 13h23.

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, defendeu neste sábado, em um discurso antes da reunião virtual de líderes das 20 maiores economias do mundo (G20) , que novos esforços sejam direcionados para atender às necessidades dos países em desenvolvimento. "Os países desenvolvidos podem se dar ao luxo de fornecer um enorme alívio para as suas sociedades, e estão fazendo isso, mas o mundo em desenvolvimento está à beira da ruína financeira e da crescente pobreza, fome e sofrimento indizível", disse ele.

Na apresentação, ele também pediu aos líderes do G20 um aumento nos recursos financeiros disponíveis para o Fundo Monetário Internacional (FMI). Segundo Guterres, ainda que o G20 tenha estendido a iniciativa de suspensão da dívida por seis meses, esse movimento ainda não é suficiente. "Estou pressionando por uma nova extensão até o final de 2021 e também por uma expansão do escopo dessas iniciativas a todos os países em desenvolvimento e de renda média necessitados", ressaltou, acrescentando que o efeito dominó das falências pode devastar a economia global.

Guterres comentou, ainda, que o mundo precisa de ações concretas para se recuperar após a pandemia do coronavírus, incluindo medidas que favoreçam a sustentabilidade climática. Além disso, afirmou que os avanços recentes nas vacinas para a covid-19 "oferecem um raio de esperança", mas que elas precisam ser tratadas como um bem público global, para garantir que cheguem a todas as pessoas.

 

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