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ONU aponta morte de mais de 10 mil pessoas em desastres naturais em 2018

Os desastres naturais mais mortais do ano passado foram aqueles relacionados com atividades sísmicas, que causaram 5.199 mortes de pessoas

Indonésia: número de mortos no país chega a 2.045 após terremoto e furacão (Ulet Ifansasti/Reuters)

Indonésia: número de mortos no país chega a 2.045 após terremoto e furacão (Ulet Ifansasti/Reuters)

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EFE

Publicado em 24 de janeiro de 2019 às 10h54.

Genebra - Um total de 10.373 pessoas morreram em desastres naturais ocorridos em distintas partes do mundo em 2018, um número abaixo da média anual, que ronda 77 mil vítimas mortais, segundo informou nesta quinta-feira o Escritório para a Redução de Riscos de Desastres das Nações Unidas (UNISDR).

O número, relativamente baixo mas superior aos 8,5 mil falecidos de 2016 e aos 9,7 mil de 2017, foi resultado "de nenhuma catástrofe de enormes proporções, e também de uma melhor gestão de riscos em nível nacional e local", destacou em entrevista coletiva a alta representante do UNISDR, Mami Mizutori.

No entanto, "apesar da ausência de grandes desastres, muitas pessoas foram afetadas e perderam trabalhos, imóveis, tiveram que emigrar ou ficaram feridas", afirmou a responsável do UNISDR, organização que calculou o número de afetados por catástrofes naturais no ano passado em 61,7 milhões.

Os desastres naturais mais mortais do ano passado foram aqueles relacionados com atividades sísmicas (terremotos, tsunamis, vulcões), que causaram 5.199 mortes de pessoas, das quais 4.417 morreram na Indonésia, o país mais atingido por catástrofes nos passados 12 meses.

O pior desastre do ano foi o terremoto e posterior tsunami do mês de setembro em Célebes (Indonésia), que causou a morte de 3,4 mil pessoas, seguido do de agosto, na também indonésia ilha de Lombok, que provocou 564 mortes, segundo os números do UNISDR.

As inundações causaram 2.859 mortes e foram os desastres que afetaram mais pessoas (35,4 milhões), incluindo 23 milhões pelas cheias na Índia, que com este número se situou como a nação onde mais pessoas viram suas vidas alteradas pelas catástrofes naturais.

O UNISDR destacou também sobre o ano passado o especial impacto das ondas de calor em países desenvolvidos, com incêndios que deixaram na Grécia 126 mortos (a pior catástrofe deste tipo ocorrida na Europa) e 88 na Califórnia (EUA).

As tempestades, que afetaram 12,8 milhões de pessoas e mataram 1.593, causaram as maiores perdas materiais, principalmente pelos efeitos na América do Norte dos furacões Florence (US$ 14 bilhões) e Michael (US$ 16 bilhões) e dos do tufão Jebi na Ásia Oriental (US$ 12,5 bilhões).

Na América Latina, o pior desastre natural do ano foi a erupção do vulcão del Fuego na Guatemala em junho, com 425 mortos. EFE

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