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ONU alerta para tempestades e inundações em plena guerra no Sudão

Chuvas podem atingir áreas que abrigam mais de 136 mil deslocados pelo conflito

Guerra no Sudão: campos de refugiados em meio ao conflito no país (GUY PETERSON/AFP/Getty Images)
EFE

Agência de Notícias

Publicado em 10 de julho de 2024 às 13h59.

Última atualização em 10 de julho de 2024 às 14h01.

A ONU advertiu nesta quarta-feira que ocorrerão chuvas intensas no sul do Sudão ao longo desta semana que poderão provocar inundações, especificamente em áreas que abrigam mais de 136 mil deslocados pela guerra que se agravou naquela região.

“Foram observadas inundações repentinas no Sudão, com fortes chuvas em Sinya atingindo até 14 mm. De 10 a 17 de julho, são esperadas mais chuvas fortes em áreas do sul do Sudão, o que pode causar inundações”, afirmou o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) em sua conta na rede social X.

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A agência alertou para a extensão destas inundações na cidade de Sinya, no estado de Senar, para onde mais de 136 mil pessoas fugiram devido ao avanço na região dos confrontos entre o Exército sudanês e o grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido (FAR) na última semana.

Neste contexto, o OCHA pediu à população que se mantivesse segura e tomasse as precauções necessárias para evitar qualquer tipo de risco nas cidades de Sinya, Senar e Ad Dinder, que já acolhiam outras 286 mil pessoas anteriormente deslocadas.

“A maioria das pessoas deslocadas abrigadas em Senar já tinham sido deslocadas de outras cidades, como Cartum ou Al Jazeera, de forma que podem estar sofrendo um segundo ou terceiro deslocamento”, observou o OCHA no comunicado.

Segundo a nota, muitos destes deslocados provêm do “êxodo massivo de mulheres, crianças e homens” provocado pela violência dos confrontos na cidade de Senar, capital do estado homônimo, onde os paramilitares mataram mais de 40 pessoas no final de junho, segundo o Observatório Sudanês de Direitos Humanos.

De acordo com diferentes estimativas, a guerra no Sudão deixou entre 30.000 e 150.000 mortos e deslocou mais de dez milhões de pessoas, tornando o país africano palco da pior crise de deslocados do mundo.

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