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ONU alerta para grave situação humanitária no Sudão do Sul

Em comunicado, o coordenador de assuntos humanitários das Nações Unidas no país, Toby Lanzer, afirmou que a situação é "particularmente ruim"

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 23 de dezembro de 2013 às 16h44.

Cartum - A ONU alertou nesta segunda-feira sobre a grave situação humanitária no Sudão do Sul, especialmente nas províncias de Jonglei e Unidade, onde os enfrentamentos obrigaram dezenas de milhares de pessoas a migrarem.

Em comunicado, o coordenador de assuntos humanitários das Nações Unidas no país, Toby Lanzer, afirmou que a situação é "particularmente ruim" nesses dois estados, que estão nas mãos dos rebeldes, apesar da ofensiva das forças governamentais para recuperar seu controle.

"Acabo de voltar de Bor (capital de Jonglei), onde cerca de 17 mil pessoas buscaram proteção na base das forças de pacificação da ONU", contou Lanzer, que acrescentou que, como consequência da violência, aumentou a necessidade de ajudas humanitárias.

Pelo menos 20 mil pessoas estão refugiadas em dois prédios da ONU na capital, Yuba, enquanto em Bentiu (capital de Unidade) as agências das Nações Unidas forneceram alimentos a cerca de 7 mil pessoas abrigadas em suas instalações, disse o coordenador.

Lanzer convocou as partes em conflito a que garantam a proteção dos civis e os trabalhadores humanitários, e aos doadores a que aumentem sem demora os recursos disponíveis no Sudão do Sul.

Por sua vez, a organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) denunciou hoje em comunicado que a violência também se estendeu à cidade de Nasir, no estado do Alto Nilo, junto à fronteira com o Sudão, onde receberam 24 pacientes feridos a bala.

O grupo acrescentou que está realizando doações de medicamentos aos centros de saúde, assim como proporcionando ajuda aos que fugiram de suas casas por causa da violência.

"O povo não sabe o que vai acontecer e são muitos os que têm medo de voltar para casa", explicou o coordenador de emergências da MSF, Forbes Sharp, que considerou que os eventos estão acontecendo "muito rápido".

O conflito, que já deixou centenas de mortos, é marcado pela violência étnica em um país que se tornou independente do Sudão em julho de 2011. 

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