Exame Logo

ONU alerta para agravamento da situação humanitária de Gaza

"Passados 12 meses, as esperanças de uma melhora significativa no terreno não se materializou", diz coordenador humanitário em territórios palestinos ocupados

Gaza: diretor das Operações da Agência da ONU para os Refugiados da Palestina em Gaza ressaltou impacto da demolição de túneis na fronteira com Egito por parte do Exército egípcio (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 21 de novembro de 2013 às 18h28.

A situação humanitária na Faixa de Gaza se deteriorou, um ano depois do fim da trégua entre o Exército israelense e o Hamas, no comando do território palestino, lamentaram funcionários da ONU nesta quinta-feira.

"Passados 12 meses, as esperanças de uma melhora significativa no terreno não se materializou", declarou o coordenador humanitário nos territórios palestinos ocupados, James Rawley, em uma entrevista coletiva em Gaza, por ocasião da data.

"Na realidade, lamento dizer que a situação do total de cerca de 1,7 milhão de habitantes de Gaza é pior do que antes das hostilidades há um ano" (de 14 a 21 de novembro de 2012), acrescentou Rawley, antecipando "vários motivos, a começar pela escassez de combustível e de energia".

O diretor das Operações da Agência da ONU para os Refugiados da Palestina (UNWRA, na sigla em inglês) em Gaza, Robert Turner, ressaltou o impacto da demolição dos túneis na fronteira com o Egito por parte do Exército egípcio desde a destituição do presidente islâmico Mohamed Mursi, em 3 de julho.

"O fechamento dos túneis levou ao derrubamento quase total da construção por parte do setor privado, porque se combina com os obstáculos correlatos, como a preexistente proibição, por parte de Israel, de materiais de construção pelo setor privado", explicou Turner.

Ambos os funcionários da ONU lamentaram a proibição de Israel de importar qualquer material de construção, mesmo no caso das agências internacionais, desde o anúncio em 13 de outubro da descoberta de um túnel cavado pelos combatentes do movimento palestino Hamas até seu território.

A ONG Oxfam declarou que, "apesar dos compromissos assumidos durante o cessar-fogo de facilitar a circulação de pessoas e a transferência de mercadorias a partir de e para Gaza, 1,7 milhão de pessoas continuam sujeitas ao bloqueio israelense e amplamente cortadas do mundo exterior".

"As exportações de Gaza autorizadas por Israel caíram pela metade desde 2012, e os pescadores e agricultores palestinos continuam tendo um acesso consideravelmente reduzido às zonas mais produtivas", acrescenta a ONG, em um comunicado.

Após a captura em junho de 2006 de um de seus soldados - libertado em 2011 -, Israel impôs um bloqueio a Gaza. Esse bloqueio foi reforçado em junho de 2007 durante a tomada de controle do território por parte do Hamas.

Veja também

A situação humanitária na Faixa de Gaza se deteriorou, um ano depois do fim da trégua entre o Exército israelense e o Hamas, no comando do território palestino, lamentaram funcionários da ONU nesta quinta-feira.

"Passados 12 meses, as esperanças de uma melhora significativa no terreno não se materializou", declarou o coordenador humanitário nos territórios palestinos ocupados, James Rawley, em uma entrevista coletiva em Gaza, por ocasião da data.

"Na realidade, lamento dizer que a situação do total de cerca de 1,7 milhão de habitantes de Gaza é pior do que antes das hostilidades há um ano" (de 14 a 21 de novembro de 2012), acrescentou Rawley, antecipando "vários motivos, a começar pela escassez de combustível e de energia".

O diretor das Operações da Agência da ONU para os Refugiados da Palestina (UNWRA, na sigla em inglês) em Gaza, Robert Turner, ressaltou o impacto da demolição dos túneis na fronteira com o Egito por parte do Exército egípcio desde a destituição do presidente islâmico Mohamed Mursi, em 3 de julho.

"O fechamento dos túneis levou ao derrubamento quase total da construção por parte do setor privado, porque se combina com os obstáculos correlatos, como a preexistente proibição, por parte de Israel, de materiais de construção pelo setor privado", explicou Turner.

Ambos os funcionários da ONU lamentaram a proibição de Israel de importar qualquer material de construção, mesmo no caso das agências internacionais, desde o anúncio em 13 de outubro da descoberta de um túnel cavado pelos combatentes do movimento palestino Hamas até seu território.

A ONG Oxfam declarou que, "apesar dos compromissos assumidos durante o cessar-fogo de facilitar a circulação de pessoas e a transferência de mercadorias a partir de e para Gaza, 1,7 milhão de pessoas continuam sujeitas ao bloqueio israelense e amplamente cortadas do mundo exterior".

"As exportações de Gaza autorizadas por Israel caíram pela metade desde 2012, e os pescadores e agricultores palestinos continuam tendo um acesso consideravelmente reduzido às zonas mais produtivas", acrescenta a ONG, em um comunicado.

Após a captura em junho de 2006 de um de seus soldados - libertado em 2011 -, Israel impôs um bloqueio a Gaza. Esse bloqueio foi reforçado em junho de 2007 durante a tomada de controle do território por parte do Hamas.

Acompanhe tudo sobre:Direitos HumanosONUPalestina

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame