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ONU afirma que situação humanitária em Abidjan é 'dramática'

Segundo uma porta-voz das Nações Unidas, chegar à população civil se tornou impossível

Civis deixam Adibjan, na Costa do Marfim: batalha na cidade iniciada em 31 de março (Issouf Sanogo/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 5 de abril de 2011 às 09h31.

Genebra - A situação humanitária em Abidjan, capital econômica da Costa do Marfim, tornou-se "absolutamente dramática" para os civis presos em meio aos combates, afirmou a ONU.

"A situação humanitária voltou a se agravar e se tornou absolutamente dramática em Abidjan, onde os combates continuam", declarou Elisabeth Byrs, porta-voz do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários.

"A maioria dos hospitais não funciona, falta oxigênio... Quanto às ambulâncias, também não funcionam, e quando funcionam são alvo de tiros", disse a porta-voz à imprensa.

"Chegar até a população civil é impossível pelos problemas de segurança", completou Elisabeth, antes de afirmar que corpos estão nas ruas há vários dias.

Mais cedo, o Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos anunciou que dezenas de pessoas morreram em combates com armas pesadas nos últimos dias em Abidjan.

"Em Abidjan, nós estamos obviamente extremamente preocupados com a situação dos civis em uma cidade tão grande, com uma população de milhões de pessoas, com armas pesadas sendo usadas dentro de áreas urbanas densamente povoadas e que deixaram dezenas de mortos nos últimos dias", declarou Rupert Colville, porta-voz do Alto Comissariado.

A batalha de Abdijan, iniciada em 31 de março pelas forças do presidente reconhecido pela comunidade internacional, Alassane Ouattara, adquiriu outra dimensão com a participação desde segunda-feira das Nações Unidas e da França, quatro meses depois de uma crise pós-eleitoral que gerou um conflito que se aproxima de uma guerra civil.

O presidente Laurent Gbagbo, derrotado nas urnas, não admite deixar o poder.

Segundo Ahoua Don Mello, porta-voz de Gbagbo, as forças do presidente controlam o palácio presidencial em Abidjan, assim como a residência presidencial e o acampamento militar de Agban.

Gbagbo "está surpreso de que a França ataque diretamente a Costa do Marfim", quando na realidade "nunca fechou a porta ao diálogo", disse à AFP o porta-voz, Ahoua Don Mello.

Indagado sobre uma possível rendição de Gbagbo, o porta-voz respondeu: "neste momento, isso não está sendo considerado".

Os "bombardeios" da ONU e da França contra alvos militares em Abidjan provocaram "muitos mortos", já que "os militares vivem com suas famílias nos acampamentos" militares, acrescentou.

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"A situação humanitária voltou a se agravar e se tornou absolutamente dramática em Abidjan, onde os combates continuam", declarou Elisabeth Byrs, porta-voz do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários.

"A maioria dos hospitais não funciona, falta oxigênio... Quanto às ambulâncias, também não funcionam, e quando funcionam são alvo de tiros", disse a porta-voz à imprensa.

"Chegar até a população civil é impossível pelos problemas de segurança", completou Elisabeth, antes de afirmar que corpos estão nas ruas há vários dias.

Mais cedo, o Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos anunciou que dezenas de pessoas morreram em combates com armas pesadas nos últimos dias em Abidjan.

"Em Abidjan, nós estamos obviamente extremamente preocupados com a situação dos civis em uma cidade tão grande, com uma população de milhões de pessoas, com armas pesadas sendo usadas dentro de áreas urbanas densamente povoadas e que deixaram dezenas de mortos nos últimos dias", declarou Rupert Colville, porta-voz do Alto Comissariado.

A batalha de Abdijan, iniciada em 31 de março pelas forças do presidente reconhecido pela comunidade internacional, Alassane Ouattara, adquiriu outra dimensão com a participação desde segunda-feira das Nações Unidas e da França, quatro meses depois de uma crise pós-eleitoral que gerou um conflito que se aproxima de uma guerra civil.

O presidente Laurent Gbagbo, derrotado nas urnas, não admite deixar o poder.

Segundo Ahoua Don Mello, porta-voz de Gbagbo, as forças do presidente controlam o palácio presidencial em Abidjan, assim como a residência presidencial e o acampamento militar de Agban.

Gbagbo "está surpreso de que a França ataque diretamente a Costa do Marfim", quando na realidade "nunca fechou a porta ao diálogo", disse à AFP o porta-voz, Ahoua Don Mello.

Indagado sobre uma possível rendição de Gbagbo, o porta-voz respondeu: "neste momento, isso não está sendo considerado".

Os "bombardeios" da ONU e da França contra alvos militares em Abidjan provocaram "muitos mortos", já que "os militares vivem com suas famílias nos acampamentos" militares, acrescentou.

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