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ONS afirma que reservatórios seguem em recuperação

Nível de água, porém, ainda é preocupante e está somente 9,8% acima do mínimo necessário para atender demanda com segurança

Vista da marca d'água no lago da represa hidrelétrica de Furnas em Minas Gerais: o Sudeste e o Centro-Oeste respondem por cerca de 70% da capacidade de armazenamento de água em hidrelétricas do país (Paulo Whitaker/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 21 de janeiro de 2013 às 15h47.

São Paulo - Os reservatórios das usinas das regiões Sudeste e Centro-Oeste continuam o movimento de recuperação verificado na semana passada e acumulam variação positiva de 4,5 pontos porcentuais em janeiro.

De acordo com informações do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), os reservatórios nestas duas regiões estavam no domingo (20) com 33,3% da capacidade total, 0,5 ponto porcentual acima dos 32,8% do dia anterior e 4,5 pontos porcentuais superior aos 28,8% de 31 de dezembro de 2012.

A melhora do volume de água armazenado por essas hidrelétricas é uma boa notícia para o setor elétrico brasileiro, já que as usinas do Sudeste e Centro-Oeste concentram aproximadamente 70% da capacidade de armazenamento do País.

Apesar dos sinais claros de melhora, a situação ainda requer cuidados por parte do governo federal. Isso porque o nível dos reservatórios no subsistema Sudeste/Centro-Oeste ainda está apenas 9,8% acima da curva de aversão ao risco (CAR), que é o patamar mínimo de armazenamento para o atendimento da demanda do mercado com segurança.

Além disso, em função do nível de chuvas verificado nas últimas semanas, o ONS reviu para baixo a sua expectativa para os reservatórios das duas regiões ao final deste mês. Hoje, a previsão é de que o volume de água armazenado fique em 36,9% da capacidade na última semana de janeiro, ante a estimativa anterior de 39,1%.


No Nordeste, os reservatórios ainda encontram-se muito abaixo do esperado para esta época do ano. De acordo com o ONS, o nível de armazenamento estava ontem em 29,8% do total , 0,1 ponto porcentual acima dos 29,9% do dia anterior e 2,4 pontos porcentuais abaixo dos 32,2% apurados em 31 de dezembro. No Sul, os reservatórios estavam ontem em 48,9% da capacidade total, 0,5 ponto porcentual acima do patamar de 19 de janeiro e 12,4 pontos porcentuais superior aos 36,5% apurados em 31 de dezembro do ano passado.

Diante desse cenário, o ONS continuará despachando as termelétricas para garantir o abastecimento de energia ao sistema e ajudar a recuperação do nível dos reservatórios. Até o dia 25 de janeiro, a previsão do operador é de uma geração térmica em torno de 13,8 mil MW médios, dos quais 3,6 mil MW médios fora da ordem de mérito (do menor custo de geração para o maior). Esse volume é ligeiramente inferior ao montante programado para a semana passada, que foi de 14,1 mil MW médios, sendo 3,7 mil MW fora da ordem de mérito - vale lembrar que a térmica a gás natural AES Uruguaiana (RS) ainda não retomou a sua operação comercial.

O cenário de instabilidade nos reservatórios continua se refletindo nos preços de energia e nos custos de operação. Com base na expectativa de chuvas menos intensas nesta semana, o ONS elevou o chamado custo marginal de operação (CMO) do sistema para o período entre os dias 19 e 25 de dezembro, de 336,29/MWh para R$ 477,81/MWh, alta de 42,08%. Pela mesma razão, a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) informou que o preço de liquidação das diferenças (PLD), referência dos agentes para os preços da energia no curto prazo, subiu 41% em todas as regiões. Com isso, o PLD passou de R$ 339,83/MWh para R$ 479,82/MWh nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul, e de R$ 339,83/MWh para R$ 478,49/MWh no Nordeste e no Norte.

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De acordo com informações do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), os reservatórios nestas duas regiões estavam no domingo (20) com 33,3% da capacidade total, 0,5 ponto porcentual acima dos 32,8% do dia anterior e 4,5 pontos porcentuais superior aos 28,8% de 31 de dezembro de 2012.

A melhora do volume de água armazenado por essas hidrelétricas é uma boa notícia para o setor elétrico brasileiro, já que as usinas do Sudeste e Centro-Oeste concentram aproximadamente 70% da capacidade de armazenamento do País.

Apesar dos sinais claros de melhora, a situação ainda requer cuidados por parte do governo federal. Isso porque o nível dos reservatórios no subsistema Sudeste/Centro-Oeste ainda está apenas 9,8% acima da curva de aversão ao risco (CAR), que é o patamar mínimo de armazenamento para o atendimento da demanda do mercado com segurança.

Além disso, em função do nível de chuvas verificado nas últimas semanas, o ONS reviu para baixo a sua expectativa para os reservatórios das duas regiões ao final deste mês. Hoje, a previsão é de que o volume de água armazenado fique em 36,9% da capacidade na última semana de janeiro, ante a estimativa anterior de 39,1%.


No Nordeste, os reservatórios ainda encontram-se muito abaixo do esperado para esta época do ano. De acordo com o ONS, o nível de armazenamento estava ontem em 29,8% do total , 0,1 ponto porcentual acima dos 29,9% do dia anterior e 2,4 pontos porcentuais abaixo dos 32,2% apurados em 31 de dezembro. No Sul, os reservatórios estavam ontem em 48,9% da capacidade total, 0,5 ponto porcentual acima do patamar de 19 de janeiro e 12,4 pontos porcentuais superior aos 36,5% apurados em 31 de dezembro do ano passado.

Diante desse cenário, o ONS continuará despachando as termelétricas para garantir o abastecimento de energia ao sistema e ajudar a recuperação do nível dos reservatórios. Até o dia 25 de janeiro, a previsão do operador é de uma geração térmica em torno de 13,8 mil MW médios, dos quais 3,6 mil MW médios fora da ordem de mérito (do menor custo de geração para o maior). Esse volume é ligeiramente inferior ao montante programado para a semana passada, que foi de 14,1 mil MW médios, sendo 3,7 mil MW fora da ordem de mérito - vale lembrar que a térmica a gás natural AES Uruguaiana (RS) ainda não retomou a sua operação comercial.

O cenário de instabilidade nos reservatórios continua se refletindo nos preços de energia e nos custos de operação. Com base na expectativa de chuvas menos intensas nesta semana, o ONS elevou o chamado custo marginal de operação (CMO) do sistema para o período entre os dias 19 e 25 de dezembro, de 336,29/MWh para R$ 477,81/MWh, alta de 42,08%. Pela mesma razão, a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) informou que o preço de liquidação das diferenças (PLD), referência dos agentes para os preços da energia no curto prazo, subiu 41% em todas as regiões. Com isso, o PLD passou de R$ 339,83/MWh para R$ 479,82/MWh nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul, e de R$ 339,83/MWh para R$ 478,49/MWh no Nordeste e no Norte.

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