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ONG pede que Trump se oponha a colônias em reunião com Netanyahu

Desde que Trump chegou ao poder, o governo de Israel aprovou a construção de 6 mil imóveis nos assentamentos

Donald Trump: "O presidente deve saber que os assentamentos não são só 'ruins para a paz'" (Carlos Barria/Reuters)

Donald Trump: "O presidente deve saber que os assentamentos não são só 'ruins para a paz'" (Carlos Barria/Reuters)

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EFE

Publicado em 14 de fevereiro de 2017 às 14h50.

Jerusalém - A Anistia Internacional pediu nesta terça-feira que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se posicione contra a construção de colônias judaicas no território palestino ocupado durante a reunião que terá amanhã com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.

"Trump deve utilizar esse encontro com Netanyahu para deixar claro que o governo dos EUA se opõe à construção de assentamentos israelenses em território ocupado", disse a ONG em carta.

Desde que Trump chegou ao poder, o governo de Israel aprovou a construção de 6 mil imóveis nos assentamentos, "aparentemente desafiante pelas perspectivas de um novo aliado na Casa Branca".

"O presidente deve saber que os assentamentos não são só 'ruins para a paz', mas constituem uma violação flagrante da lei internacional", disse Magdalena Mughrabi, diretora regional da Anistia Internacional para o Oriente Médio e o Norte da África.

A organização cita as declarações de Trump na semana passada, quando, pela primeira vez, o republicano disse que a expansão das colônias judaicas "não parecia boa para a paz".

"Os assentamentos ilegais em território palestino foram um selo distintivo da brutal ocupação de Israel ao longo de 50 anos", denunciou a diretora regional da Anistia Internacional.

O responsável regional acusou Israel de "violar descaradamente" as resoluções do Conselho de Segurança da ONU, incluindo a mais recente, aprovada em setembro, que pede o fim da atividade de colonização do território ocupado palestino.

"Pedimos ao presidente Trump que aproveite essa oportunidade única para mostrar a Israel que não dará uma carta branca para que todos os direitos da população palestina ocupada sejam pisoteados", destacou Mughrabi.

A Anistia Internacional antecipou que deve divulgar amanhã um documento sobre "o devastador impacto que os assentamentos continuam provocando sobre a vida de 2,9 milhões de palestinos na Cisjordânia e Jerusalém Oriental".

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