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ONG mauritana denuncia tráfico de meninas como escravas

As dificuldades econômicas da Mauritânia levaram meninas e mulheres a buscar oportunidades e caírem nas redes de traficantes

Mauritânia: as mulheres haratin que se atreveram a denunciar este fenômeno falam de "violências sexuais, torturas e até mutilações" (Cyprien Fabre/Creative Commons)
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Da Redação

Publicado em 21 de setembro de 2015 às 09h04.

Nouakchott - A ONG antiescravista mauritana Iniciativa de Ressurgimento do Abolicionismo (IRA) denunciou nesta segunda-feira o tráfico de meninas da etnia haratin, descendentes de antigos escravos, à Arábia Saudita , onde são tratadas como escravas domésticas.

Em comunicado, a IRA emoldura o fenômeno dentro das dificuldades econômicas da Mauritânia, que levaram meninas e mulheres da comunidade haratin a buscar oportunidades para satisfazer suas necessidades mais elementares.

Em sua busca, estas pessoas caíram nas redes de traficantes de pessoas, "lobos humanos impiedosos e que trabalham para agências autorizadas pelo Estado", denuncia a ONG.

Estas agências propõem às meninas e mulheres inocentes um trabalho na Arábia Saudita disfarçando suas verdadeiras condições, mas na realidade "são vendidas a famílias sauditas como escravas".

As mulheres haratin que se atreveram a denunciar este fenômeno falam de "violências sexuais, torturas e até mutilações", fatos que segundo a ONG sucedem "com conhecimento do Estado mauritano".

A IRA exige em seu comunicado o fechamento das agências envolvidas no tráfico de pessoas e pede à comunidade internacional que pressione as autoridades mauritanas para que respeitem as normas internacionais sobre a dignidade das pessoas.

A escravidão foi oficialmente abolida na Mauritânia em 1980, mas persistiu no escuro, e em 2007 uma nova lei definiu o crime de escravidão e suas penas, para ser de novo reformulada em agosto de 2015, declarando o crime como imprescritível e como crime contra a humanidade.

A denúncia da ONG mostra um problema espinhoso, como é o referente às relações com a Arábia Saudita, um dos principais países doadores da Mauritânia.

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Nouakchott - A ONG antiescravista mauritana Iniciativa de Ressurgimento do Abolicionismo (IRA) denunciou nesta segunda-feira o tráfico de meninas da etnia haratin, descendentes de antigos escravos, à Arábia Saudita , onde são tratadas como escravas domésticas.

Em comunicado, a IRA emoldura o fenômeno dentro das dificuldades econômicas da Mauritânia, que levaram meninas e mulheres da comunidade haratin a buscar oportunidades para satisfazer suas necessidades mais elementares.

Em sua busca, estas pessoas caíram nas redes de traficantes de pessoas, "lobos humanos impiedosos e que trabalham para agências autorizadas pelo Estado", denuncia a ONG.

Estas agências propõem às meninas e mulheres inocentes um trabalho na Arábia Saudita disfarçando suas verdadeiras condições, mas na realidade "são vendidas a famílias sauditas como escravas".

As mulheres haratin que se atreveram a denunciar este fenômeno falam de "violências sexuais, torturas e até mutilações", fatos que segundo a ONG sucedem "com conhecimento do Estado mauritano".

A IRA exige em seu comunicado o fechamento das agências envolvidas no tráfico de pessoas e pede à comunidade internacional que pressione as autoridades mauritanas para que respeitem as normas internacionais sobre a dignidade das pessoas.

A escravidão foi oficialmente abolida na Mauritânia em 1980, mas persistiu no escuro, e em 2007 uma nova lei definiu o crime de escravidão e suas penas, para ser de novo reformulada em agosto de 2015, declarando o crime como imprescritível e como crime contra a humanidade.

A denúncia da ONG mostra um problema espinhoso, como é o referente às relações com a Arábia Saudita, um dos principais países doadores da Mauritânia.

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