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ONG denuncia três mil irregularidades nas eleições russas

Uma das violações mais frequentes da lei eleitoral desse país é a pressão sobre os funcionários públicos: a organização estima em 560 os casos dessa natureza

A ONG também detectou 176 usos fraudulentos de cédulas de votação (Richard Heathcote/Getty Images)

A ONG também detectou 176 usos fraudulentos de cédulas de votação (Richard Heathcote/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 4 de março de 2012 às 12h28.

Moscou - A ONG 'Golos', defensora do direito ao voto e da lisura do processo eleitoral, denunciou neste domingo mais de 3 mil irregularidades nas eleições presidenciais da Rússia.

Conforme o site da organização, uma das violações mais frequentes da lei eleitoral desse país é a pressão sobre os funcionários públicos: a associação estima em 560 os casos dessa natureza.

A ONG detectou 176 usos fraudulentos de cédulas de votação; documentos que permitem a votação a pessoas que não estão recenseadas no distrito eleitoral onde vivem; além de 162 casos de alteração do regime de funcionamento dos colégios eleitorais.

Em 164 ocasiões, segundo a 'Golos', foram desrespeitados os direitos dos observadores e jornalistas que se dirigiram aos colégios para exercerem seu trabalho e denunciadas outras 222 violações das normas sobre a propaganda e publicidade eleitoral.

No site da Golos consta um mapa das infrações nessas eleições presidenciais, assim como fez durante as legislativas de dezembro, iniciativa que levou a uma investigação pela Promotoria russa, e informou à Agência Efe que fará uma apuração paralela dos votos das eleições deste domingo.

A organização lançou uma campanha batizada com o nome de 'SMS-CEC', por usar mensagens de texto como meio para a transmissão de dados e assumir algumas das funções da Comissão Eleitoral Central. A iniciativa pretende recolher dados de todos os colégios eleitorais de Moscou e de outros 10 mil das demais regiões russas.

A ONG pretende apurar o resultado da votação dos colégios eleitorais ao mesmo tempo em que as atas forem fechadas e antes que sejam transferidas para as comissões territoriais, onde, segundo a entidade, poderiam ser alteradas e modificadas.

O centro Vibori-2012 indicou que os seus telefonistas já receberam mais de 1,5 mil queixas sobre irregularidades nas eleições, de acordo com a Agência 'Interfax'.

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