ONG denuncia planos de ampliar assentamentos na Cisjordânia
A ONG israelense Paz Agora denunciou que o governo de Israel aprovou um novo plano de expansão dos assentamentos
Da Redação
Publicado em 15 de julho de 2014 às 18h06.
Jerusalém - A ONG israelense Paz Agora denunciou que o governo de Israel aprovou nesta quarta-feira, pela terceira vez em uma semana, um novo plano de expansão dos assentamentos em Jerusalém Oriental, uma decisão que na sua opinião complica as perspectivas de paz.
"A subcomissão da administração civil para os assentamentos aprovou hoje dois planos, que incluem 261 casas em dois assentamentos", afirma à organização em nota.
"Os planos incluem a construção de 256 casas em Nofei Prat, um pequeno e isolado assentamento situado na Cisjordânia, ao norte de uma área conhecida como Ma"ale Adummim, e outras cinco casas no assentamento de Ariel", situado a 20 quilômetros ao leste da denominada "Linha Verde" (antiga fronteira entre Israel e Cisjordânia, antes da ocupação israelense, durante a guerra de 1967), detalha.
A Paz Agora afirma que a validação do projeto já foi publicada no site do Ministério do Interior, e que nos próximos dias será divulgado pela imprensa. O grupo também lembra que uma vez que passem 15 dias de sua publicação na imprensa, os planos serão considerados oficialmente válidos.
"A soma de 256 novas casas em Nofei Prat muda radicalmente este assentamento, o expande e faz crescer de forma significativa sua população, já que, de fato, triplica o tamanho", ressaltou a ONG, que se ocupa de vigiar especialmente o desenvolvimento das colônias.
A Paz Agora adverte que as medidas podem afetar de forma negativa os esforços que o secretário de estado americano, John Kerry, mantém atualmente para reconduzir o diálogo e chegar a um acordo definitivo entre israelenses e palestinos.
"O avanço dos planos, pela terceira vez nesta semana, demonstra que o governo israelense se aproveita deste período, no qual Kerry prepara um acordo entre as partes. De maneira inevitável, estes planos dificultam a obtenção da solução dos dois Estados", afirma o grupo.
No começo desta semana, foram promovidos outros projetos para ampliar assentamentos, como a construção de 381 casas em Giv"at Ze"ev e um centro turístico no bairro de Silwan, situado em Jerusalém Oriental.
Em 6 de janeiro, o governo israelense aprovou planos para a construção de 272 novas casas em assentamentos na Cisjordânia. Quatro dias depois revelou um projeto para levantar 1.800 novas unidades na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.
O anúncio foi feito pouco depois que o governo libertou 26 palestinos como parte de um acordo fomentado pelos Estados Unidos e causou o protesto formal de alguns países da União Europeia, como Espanha, França, Reino Unido e Itália, que convocaram os embaixadores israelenses para dar explicações.
Dias depois, o ministro de Relações Exteriores israelense, Avigdor Lieberman, respondeu de forma recíproca, enquanto o primeiro- ministro, Benjamin Netanyahu, instou à UE a acabar com a "hipocrisia" de protestar por "a construção de umas poucas casas" e a denunciar o que denominou "provocações palestinas".
Grande parte da comunidade internacional considera que todos os assentamentos construídos em terra ocupada por Israel após a Guerra dos Seis Dias de 1967 são ilegais.
Por sua vez, o encarregado de vigiar as atividades dos colonos judeus na região norte da Cisjordânia, Ghassan Daghlas, denunciou hoje, através da agência de notícias "Ma"an", que um grupo de colonos arrancou 600 amendoeiras e oliveiras que tinham sido plantadas recentemente em Sinjil, cidade próxima a Ramala. Daghlas disse que a polícia israelense abriu uma investigação sobre o incidente.
Jerusalém - A ONG israelense Paz Agora denunciou que o governo de Israel aprovou nesta quarta-feira, pela terceira vez em uma semana, um novo plano de expansão dos assentamentos em Jerusalém Oriental, uma decisão que na sua opinião complica as perspectivas de paz.
"A subcomissão da administração civil para os assentamentos aprovou hoje dois planos, que incluem 261 casas em dois assentamentos", afirma à organização em nota.
"Os planos incluem a construção de 256 casas em Nofei Prat, um pequeno e isolado assentamento situado na Cisjordânia, ao norte de uma área conhecida como Ma"ale Adummim, e outras cinco casas no assentamento de Ariel", situado a 20 quilômetros ao leste da denominada "Linha Verde" (antiga fronteira entre Israel e Cisjordânia, antes da ocupação israelense, durante a guerra de 1967), detalha.
A Paz Agora afirma que a validação do projeto já foi publicada no site do Ministério do Interior, e que nos próximos dias será divulgado pela imprensa. O grupo também lembra que uma vez que passem 15 dias de sua publicação na imprensa, os planos serão considerados oficialmente válidos.
"A soma de 256 novas casas em Nofei Prat muda radicalmente este assentamento, o expande e faz crescer de forma significativa sua população, já que, de fato, triplica o tamanho", ressaltou a ONG, que se ocupa de vigiar especialmente o desenvolvimento das colônias.
A Paz Agora adverte que as medidas podem afetar de forma negativa os esforços que o secretário de estado americano, John Kerry, mantém atualmente para reconduzir o diálogo e chegar a um acordo definitivo entre israelenses e palestinos.
"O avanço dos planos, pela terceira vez nesta semana, demonstra que o governo israelense se aproveita deste período, no qual Kerry prepara um acordo entre as partes. De maneira inevitável, estes planos dificultam a obtenção da solução dos dois Estados", afirma o grupo.
No começo desta semana, foram promovidos outros projetos para ampliar assentamentos, como a construção de 381 casas em Giv"at Ze"ev e um centro turístico no bairro de Silwan, situado em Jerusalém Oriental.
Em 6 de janeiro, o governo israelense aprovou planos para a construção de 272 novas casas em assentamentos na Cisjordânia. Quatro dias depois revelou um projeto para levantar 1.800 novas unidades na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.
O anúncio foi feito pouco depois que o governo libertou 26 palestinos como parte de um acordo fomentado pelos Estados Unidos e causou o protesto formal de alguns países da União Europeia, como Espanha, França, Reino Unido e Itália, que convocaram os embaixadores israelenses para dar explicações.
Dias depois, o ministro de Relações Exteriores israelense, Avigdor Lieberman, respondeu de forma recíproca, enquanto o primeiro- ministro, Benjamin Netanyahu, instou à UE a acabar com a "hipocrisia" de protestar por "a construção de umas poucas casas" e a denunciar o que denominou "provocações palestinas".
Grande parte da comunidade internacional considera que todos os assentamentos construídos em terra ocupada por Israel após a Guerra dos Seis Dias de 1967 são ilegais.
Por sua vez, o encarregado de vigiar as atividades dos colonos judeus na região norte da Cisjordânia, Ghassan Daghlas, denunciou hoje, através da agência de notícias "Ma"an", que um grupo de colonos arrancou 600 amendoeiras e oliveiras que tinham sido plantadas recentemente em Sinjil, cidade próxima a Ramala. Daghlas disse que a polícia israelense abriu uma investigação sobre o incidente.