Mundo

OMS tenta transmitir tranquilidade diante do surto de mpox na África e um caso na Europa

Anteriormente conhecida como varíola dos macacos, um caso da doença foi registrado na Suécia

Foto tirada em 8 de maio de 2021 mostra uma placa da Organização Mundial da Saúde (OMS) na entrada de sua sede em Genebra  (FABRICE COFFRINI/Getty Images)

Foto tirada em 8 de maio de 2021 mostra uma placa da Organização Mundial da Saúde (OMS) na entrada de sua sede em Genebra (FABRICE COFFRINI/Getty Images)

EFE
EFE

Agência de Notícias

Publicado em 20 de agosto de 2024 às 10h08.

Última atualização em 20 de agosto de 2024 às 10h13.

Tudo sobreMpox
Saiba mais

A Organização Mundial da Saúde (OMS) transmitiu, nesta terça-feira, 20, uma mensagem de tranquilidade diante do novo surto de mpox (anteriormente conhecida como varíola dos macacos) na África e a um único caso detectado na Europa, em uma situação tentativa de conter informações alarmistas e rumores sobre esta doença e seu modo de transmissão.

Mesmo sem alto risco de transmissão no Brasil, Saúde negocia compra de 25 mil doses contra Mpox

Mpox não é covid (…) Com base no que sabemos, mpox é transmitido principalmente através do contato pele a pele que apresenta lesões de mpox, incluindo (as produzidas) durante as relações sexuais”, disse o diretor da OMS Europa, Hans Kluge, em comentários à imprensa internacional em Genebra.

Na mesma linha, lembrou que sabemos como controlar esta doença infecciosa e quais são “os passos que devem ser dados na Europa para eliminar completamente a transmissão”.

Na mesma entrevista coletiva, o porta-voz da OMS, Tarik Jasarevic, destacou que o uso de máscaras não é recomendado uma vez que o contato é pele a pele.

O estado de alerta sanitário que a OMS declarou há poucos dias tem a ver com a rápida expansão e elevada mortalidade de uma nova variante (denominada clade 1b) na África e de um primeiro caso na Suécia, de um viajante que esteve em uma zona da África onde o vírus circula intensamente.

Esta variante é diferente do chamado clade 2, que causou um surto violento na África em 2022 e centenas de casos na Europa, América do Norte e países de outras regiões.

O chefe do escritório europeu da OMS lembrou que há dois anos os governos da Europa foram solicitados a manter os esforços para eliminar completamente o mpox da Europa, mas isso fracassou porque “faltou compromisso e recursos”.

A consequência é que a cada mês se diagnosticam 100 casos da clade 2 do mpox na Europa, com um total de 27 mil casos diagnosticados desde 2022 neste continente.

O que é preocupante no surto atual é que se observa que o clade 1b se espalha mais facilmente entre as pessoas e tende a causar sintomas mais graves.

Perante a informação sobre a suposta transmissão deste clade de mpox através do ar, o responsável sanitário explicou que “é possível que alguém, na fase aguda da infecção e principalmente se tiver bolhas na boca, possa transmitir o vírus para fechar contatos através de gotículas (que você exala), em casa ou em hospitais".

A OMS destacou que há evidências importantes de que também pode haver contágio por meio de lençóis e utensílios nos hospitais.

Kluge admitiu que o modo de transmissão do clade 1b ainda não está totalmente claro e que são necessárias mais pesquisas.

Acompanhe tudo sobre:MpoxÁfrica

Mais de Mundo

Norte-coreano deserta para o Sul depois de atravessar a fronteira militarizada à pé

Mpox tem vacina? Saiba como se proteger e quais os sintomas da doença

Eleições americanas: Trump considera chamar Musk para gabinete caso vença em novembro

Mais na Exame