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OMS espera tomar a dianteira do ebola após cumprir 1ª meta

A organização espera tomar a dianteira do ebola, após comemorar 70% dos enterros das vítimas de forma segura em países africanos


	Funcionários da Cruz Vermelha liberiana transportam corpo de vítima de ebola
 (Zoom Dosso/AFP)

Funcionários da Cruz Vermelha liberiana transportam corpo de vítima de ebola (Zoom Dosso/AFP)

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Da Redação

Publicado em 1 de dezembro de 2014 às 18h01.

Genebra - A Organização Mundial da Saúde (OMS) espera poder "tomar a dianteira do ebola", após alcançar um primeiro objetivo, o de celebrar 70% dos enterros das vítimas de forma segura nos três países mais afetados pela epidemia: Libéria, Guiné e Serra Leoa, no oeste da África.

Libéria e Guiné alcançaram esta meta de 70%, comemorou em Genebra o doutor Bruce Aylward, adjunto do diretor-geral da OMS, enquanto Serra Leoa, embora cumpra este percentual "na maioria dos locais do país", não o alcança no oeste, onde a epidemia continua se espalhando.

As Nações Unidas fixaram a data de 1º de janeiro para alcançar 100% dos casos tratados e 100% dos enterros das vítimas de forma segura, para assim conseguir, antes de seis meses, evitar o aparecimento de novos casos.

Os corpos das vítimas da epidemia, assim como os fluidos corporais dos doentes, são os principais vetores de propagação do vírus. Em agosto, 60% das novas infecções ocorreram durante sepultamentos no oeste da África.

"Poderemos certamente tomar a dianteira do ebola (...) Estamos em uma situação muito diferente da de dois meses atrás", acrescentou o alto funcionário da OMS, lembrando que a transmissão do vírus nestes três países continuava em um nível elevado, com 1.100 novos casos por semana.

Para atingir estes novos objetivos, deverão ser mobilizadas 20 mil pessoas, especialmente trabalhadores locais. A OMS prevê, ainda, aumentar a 450 o número de seus funcionários internacionais, contra os atuais 250.

Neste sentido, o financiamento continua sendo um fator crucial da resposta ao ebola. Do US$ 1,55 bilhão solicitado pelas agências da ONU, por enquanto só foram aportados US$ 920 milhões.

Para "erradicar totalmente o vírus", os gastos necessariamente vão aumentar, acrescentou o doutor Bruce Aylward.

No oeste da África, quase 7.000 pessoas morreram em consequência do vírus ebola, segundo balanço publicado no sábado pela OMS.

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