OMS: decisão dos EUA de se retirar ameaça cooperação histórica pela saúde global (FABRICE COFFRINI/Getty Images)
Agência de Notícias
Publicado em 21 de janeiro de 2025 às 10h02.
Última atualização em 21 de janeiro de 2025 às 10h35.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) lamentou nesta terça-feira, 21, a decisão dos Estados Unidos de se retirarem da agência. Segundo a organização, essa saída representa um impacto negativo na proteção da saúde global, incluindo a dos próprios americanos. “Esperamos que reconsiderem a decisão e desejamos ter um diálogo construtivo por pelo bem da saúde de milhões de pessoas no planeta”, afirmou o porta-voz da OMS, Tark Jasarevic, durante uma coletiva de imprensa.
A retirada, que seria efetivada em um ano, reacendeu debates sobre a relevância da colaboração entre os EUA e a OMS, especialmente em tempos de emergências sanitárias globais, como a pandemia de covid-19.
Jasarevic relembrou que os Estados Unidos foram um dos fundadores da OMS em 1948 e que sua participação tem sido essencial nos últimos 70 anos. “OMS e Estados Unidos salvaram incontáveis vidas e protegeram todos de ameaças sanitárias. Juntos acabamos com a varíola e levamos a pólio à beira da erradicação”, destacou o porta-voz.
Durante o governo de Donald Trump, a saída dos EUA já havia sido anunciada em meio às críticas à gestão da OMS no início da pandemia de covid-19. No entanto, o sucessor, Joe Biden, reverteu a medida ao assumir a presidência em 2021. Agora, a nova decisão reacende preocupações sobre o futuro da cooperação global na área da saúde.
Jasarevic também destacou que instituições americanas contribuíram significativamente para o avanço da OMS, enquanto também se beneficiaram ao fazer parte da organização. Nos últimos sete anos, a agência realizou reformas significativas para melhorar sua contabilidade, eficiência de custos e impacto global.
O papel da OMS tornou-se ainda mais relevante com o aumento das emergências sanitárias, lideradas pela pandemia de covid-19. A organização, que atua como protagonista no sistema da ONU, reafirma que sua missão é salvar vidas e proteger o mundo de ameaças à saúde.