Ativista segura bandeira palestina perto de uma tenda: desde o retorno das negociações, segundo a OLP, um total de 44 palestinos foi assassinado (Mohamad Torokman/Reuters)
Da Redação
Publicado em 25 de fevereiro de 2014 às 14h01.
Jerusalém - A Organização para a Libertação da Palestina (OLP) denunciou nesta terça-feira que as agressões cometidas por Israel contra os palestinos aumentaram consideravelmente desde julho de 2013, quando ambas as partes reiniciaram as negociações sob as orientações dos EUA.
Em comunicado, a organização lembrou que, para conseguir "uma paz duradoura, a comunidade internacional tem a obrigação de fazer Israel se responsabilizar pelas violações da lei internacional e dos direitos humanos".
Desde o retorno das negociações, segundo a OLP, um total de 44 palestinos foi assassinado e 2.702 detidos em operações das forças armadas israelenses, que realizaram mais de 3.300 operações.
O movimento nacional palestino também destacou que, apesar de uma das condições do diálogo estar relacionada ao congelamento das colônias, Israel anunciou a construção de 10.489 novas casas em Jerusalém Oriental e Cisjordânia durante este período, o que supõe a entrada de 52 mil novos colonos.
Os anúncios acompanharam de maneira quase sistemática as fases de libertação de presos políticos palestinos anunciadas por Israel como gesto de boa vontade perante o processo.
Na opinião da OLP, isto demonstra que o governo israelense deseja compensar às facções políticas e sociais mais direitistas que rejeitam a libertação do que eles consideram "terroristas".
A expansão dos assentamentos judaicos nos territórios ocupados, que freou há três anos as conversas de paz entre palestinos e israelenses, continua sendo um dos principais pontos de atrito em direção a um acordo final.
O próprio secretário de Estado americano, John Kerry, que impulsiona o processo de negociação, advertiu em várias ocasiões das consequências negativas dessa política de expansão israelense.