OIT defende mudança das leis de Bangladesh após tragédia
A organização defende que o país adapte sua legislação trabalhista aos padrões internacionais
Da Redação
Publicado em 16 de maio de 2013 às 12h48.
Genebra - Além do acordo feito entre 31 empresas do setor têxtil e os principais sindicatos do setor, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) defende que Bangladesh adapte sua legislação trabalhista aos padrões internacionais para que todas as companhias sejam obrigadas a cumpri-la.
"O acordo fechado ontem é muito positivo e um grande avanço. Mas o que também é preciso é uma lei que vele pelos direitos dos trabalhadores e isso inclui sua segurança", assinalou nesta quinta-feira em entrevista coletiva o diretor-geral adjunto da OIT, Gilbert Houngbo.
"Tenho certeza que se houvesse uma lei que cumprisse com os padrões internacionais, as empresas locais contratadas pelas companhias internacionais não teriam outro remédio a não ser cumpri-la", acrescentou Houngbo.
O acordo foi assinado por 31 companhias têxteis internacionais, entre elas a espanhola Inditex e a sueca H&M, mas foi rejeitado pelas americanas Wal-Mart e Gap.
O pacto, de uma duração de cinco anos e de cumprimento obrigatório, promove as inspeções independentes de segurança no setor têxtil e a divulgação pública de seus resultados, assim como consertos e renovações obrigatórias, com o objetivo de garantir a segurança nas oficinas têxteis.
O convênio foi feito por causa da tragédia do dia 24 de abril, após o desmoronamento de um prédio de nove andares nos arredores de Daca, com cinco oficinas têxteis que produziam para grandes marcas, e que causou a morte de pelo menos 1.127 pessoas e ferimentos a 2.438.
A OIT está trabalhando desde o dia seguinte à tragédia com as autoridades bengalis para ajudá-las tanto a tramitar o fato, como a impulsionar a reforma de suas leis trabalhistas.
"O acordo de ontem é importante, mas é preciso assumir que só compreende um terço das 3.000 fábricas têxteis do país. Nós queremos nos assegurar de que não só as condições de segurança destas fábricas sejam as adequadas, mas os trabalhadores vejam seus direitos respeitados", assinalou Houngbo.
Sobre a possibilidade de que algumas empresas abandonem o país para se instalar em outras nações com leis menos estritas, Houngbo respondeu que espera que a tragédia e suas consequências sirvam para que outros Governos sejam conscientes da necessidade de adaptar suas legislações.
"O que tem que mudar é o modelo de fazer negócios, e infelizmente, tragédias como esta servem para despertar consciências", concluiu.
Genebra - Além do acordo feito entre 31 empresas do setor têxtil e os principais sindicatos do setor, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) defende que Bangladesh adapte sua legislação trabalhista aos padrões internacionais para que todas as companhias sejam obrigadas a cumpri-la.
"O acordo fechado ontem é muito positivo e um grande avanço. Mas o que também é preciso é uma lei que vele pelos direitos dos trabalhadores e isso inclui sua segurança", assinalou nesta quinta-feira em entrevista coletiva o diretor-geral adjunto da OIT, Gilbert Houngbo.
"Tenho certeza que se houvesse uma lei que cumprisse com os padrões internacionais, as empresas locais contratadas pelas companhias internacionais não teriam outro remédio a não ser cumpri-la", acrescentou Houngbo.
O acordo foi assinado por 31 companhias têxteis internacionais, entre elas a espanhola Inditex e a sueca H&M, mas foi rejeitado pelas americanas Wal-Mart e Gap.
O pacto, de uma duração de cinco anos e de cumprimento obrigatório, promove as inspeções independentes de segurança no setor têxtil e a divulgação pública de seus resultados, assim como consertos e renovações obrigatórias, com o objetivo de garantir a segurança nas oficinas têxteis.
O convênio foi feito por causa da tragédia do dia 24 de abril, após o desmoronamento de um prédio de nove andares nos arredores de Daca, com cinco oficinas têxteis que produziam para grandes marcas, e que causou a morte de pelo menos 1.127 pessoas e ferimentos a 2.438.
A OIT está trabalhando desde o dia seguinte à tragédia com as autoridades bengalis para ajudá-las tanto a tramitar o fato, como a impulsionar a reforma de suas leis trabalhistas.
"O acordo de ontem é importante, mas é preciso assumir que só compreende um terço das 3.000 fábricas têxteis do país. Nós queremos nos assegurar de que não só as condições de segurança destas fábricas sejam as adequadas, mas os trabalhadores vejam seus direitos respeitados", assinalou Houngbo.
Sobre a possibilidade de que algumas empresas abandonem o país para se instalar em outras nações com leis menos estritas, Houngbo respondeu que espera que a tragédia e suas consequências sirvam para que outros Governos sejam conscientes da necessidade de adaptar suas legislações.
"O que tem que mudar é o modelo de fazer negócios, e infelizmente, tragédias como esta servem para despertar consciências", concluiu.