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OIM envia navio à Misrata para retirar estrangeiros

Embarcação partiu da Itália e deve chegar em Benghazi, base rebelde na Líbia, ainda nesta terça-feira

Rebelde líbio: OIM pretende retirar até 8 mil trabalhadores estrangeiros do país (Chris Hondros/Getty Images)

Rebelde líbio: OIM pretende retirar até 8 mil trabalhadores estrangeiros do país (Chris Hondros/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 12 de abril de 2011 às 10h35.

Genebra - A Organização Internacional para as Migrações (OIM) fretou um navio para evacuar cerca de mil trabalhadores imigrantes que se encontram bloqueados no porto líbio de Misrata (oeste do país).

Segundo informou nesta terça-feira o porta-voz Jumbe Omari Jumbe, a embarcação partiu na segunda-feira do porto italiano de Brindisi e espera-se que chegue hoje à cidade líbia de Benghazi, no leste do país e ponto central da rebelião contra o regime de Muammar Kadafi.

Em Benghazi, descarregará a ajuda humanitária que foi doada por agências e por pessoas individuais, que inclui cobertores, alimentos, água e material médico, antes de seguir em direção a Misrata, situada a 130 quilômetros ao oeste da capital, Trípoli.

Calcula-se que milhares de trabalhadores imigrantes estão bloqueados em Misrata pelos combates entre as forças governamentais e os rebeldes, conflitos que se mantêm há um mês e meio na cidade.

A OIM planeja efetuar dois trajetos de ida e volta entre Benghazi e Misrata, com o objetivo final de evacuar até 8 mil imigrantes, mas a organização advertiu que tudo dependerá do financiamento recebido.

Embora a OIM já tenha fretado anteriormente um navio que evacuou trabalhadores imigrantes de Benghazi até o porto egípcio de Alexandria, esta é a primeira vez que vai enviar uma embarcação a Misrata.

"Achamos que muitos trabalhadores estrangeiros estão escondidos em suas casas e que sairão quando souberem do navio enviado, por isso estamos fazendo planos para mais evacuações", disse o diretor da OIM para o Oriente Médio e o Norte da África, Pasquale Luponi.

As pessoas evacuadas em Benghazi serão transferidas depois em ônibus à localidade egípcia de Sallum, na fronteira, onde a OIM os ajudará a retornar a seus países.

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