Oficial jogava videogame antes de naufrágio na Itália
O primeiro oficial e o cartógrafo do Costa Concordia jogavam videogame no momento do choque do cruzeiro contra rochas, que resultou no naufrágio da embarcação
Da Redação
Publicado em 7 de outubro de 2013 às 13h00.
Roma - O primeiro oficial e o cartógrafo do Costa Concordia, Giovanni Iaccarino e Simone Canessa, respectivamente, jogavam videogame no momento do choque do cruzeiro contra as rochas em frente à ilha italiana de Giglio, uma ação que resultou no naufrágio da embarcação e na morte de 32 pessoas.
Essa revelação foi feita pelo próprio Iaccarino durante o julgamento do capitão da embarcação, Francesco Schettino, realizado nesta segunda-feira na cidade de Grosseto, no centro da Itália . Na audiência de hoje, os magistrados previam ouvir as primeiras das 1.040 testemunhas do processo.
"Às 21h30 locais não havia mais serviço. Estava na ponte 5, na cabine de Simone Canessa. Estávamos jogando " PlayStation " quando percebemos uma mudança brusca do navio à direita e, depois, à esquerda. Caíram objetos, e a sensação era de ter encalhado em um banco (de areia) ou de ter colidido", revelou Iaccarino em declarações recolhidas pela imprensa local.
"Houve uma vibração tremenda e muitos objetos caíram no chão. Fui ao posto de comando e vi que o GPS marcava nove nós. Tínhamos passado de 16 para nove. Dirigi o olhar à carta náutica e vi que estávamos sobre um fundo marinho de 70 metros junto às rochas. Olhei o painel e só havia cruzamentos vermelhos. Todas as luzes eram vermelhas", acrescentou o primeiro oficial.
Iaccarino também indicou que depois viu Schettino com as mãos na cabeça e dizendo "bati". Na sequência, o oficial se dirigiu à ponte número zero do cruzeiro e viu que a água entrava rapidamente.
Além disso, a fonte assegurou que para se aproximar ainda mais da pequena ilha italiana, em uma manobra de saudação aos presentes no local, o capitão do cruzeiro ordenou uma mudança de rota, passando a meia milha de Giglio e não mais a 5 milhas, como previa o programa de rota.
Segundo a testemunha, a nova rota, que não foi comunicada à Capitania de Portos e nem à companhia Costa Cruzeiros, estava sob responsabilidade dos oficiais da bordo, entre eles Canessa, quem traçou o percurso sobre as cartas náuticas e recebeu a ordem de avisar Schettino o momento em que o navio se aproximasse da ilha.
O oficial também relatou que o capitão do navio, a única pessoa que sentará no banco dos réus neste julgamento, já tinha tentado fazer essa mesma manobra uma semana antes, mas que as difíceis condições do mar o impediram.
O julgamento de Schettino pelo naufrágio do cruzeiro, no qual houve 30 mortos e dois desaparecidos, começou no dia 17 de julho em um teatro de Grosseto com capacidade para acolher todas as partes envolvidas neste processo.
Schettino pode pegar uma pena de até 20 anos de prisão por supostos crimes de homicídio culposo múltiplo, abandono de embarcação, naufrágio e, inclusive, por não ter informado às autoridades portuárias sobre a colisão.
No último dia 20 de julho, um juiz ratificou as penas de prisão pactadas pela Promotoria - entre 18 e 34 meses - com os outros cinco acusados, os oficiais Ciro Ambrosio e Silvia Coronica, o timoneiro Jacob Rusli, o chefe de bordo Manrico Giampedroni e o chefe da unidade de crise em terra da Costa Cruzeiros, Roberto Ferrarini.
Roma - O primeiro oficial e o cartógrafo do Costa Concordia, Giovanni Iaccarino e Simone Canessa, respectivamente, jogavam videogame no momento do choque do cruzeiro contra as rochas em frente à ilha italiana de Giglio, uma ação que resultou no naufrágio da embarcação e na morte de 32 pessoas.
Essa revelação foi feita pelo próprio Iaccarino durante o julgamento do capitão da embarcação, Francesco Schettino, realizado nesta segunda-feira na cidade de Grosseto, no centro da Itália . Na audiência de hoje, os magistrados previam ouvir as primeiras das 1.040 testemunhas do processo.
"Às 21h30 locais não havia mais serviço. Estava na ponte 5, na cabine de Simone Canessa. Estávamos jogando " PlayStation " quando percebemos uma mudança brusca do navio à direita e, depois, à esquerda. Caíram objetos, e a sensação era de ter encalhado em um banco (de areia) ou de ter colidido", revelou Iaccarino em declarações recolhidas pela imprensa local.
"Houve uma vibração tremenda e muitos objetos caíram no chão. Fui ao posto de comando e vi que o GPS marcava nove nós. Tínhamos passado de 16 para nove. Dirigi o olhar à carta náutica e vi que estávamos sobre um fundo marinho de 70 metros junto às rochas. Olhei o painel e só havia cruzamentos vermelhos. Todas as luzes eram vermelhas", acrescentou o primeiro oficial.
Iaccarino também indicou que depois viu Schettino com as mãos na cabeça e dizendo "bati". Na sequência, o oficial se dirigiu à ponte número zero do cruzeiro e viu que a água entrava rapidamente.
Além disso, a fonte assegurou que para se aproximar ainda mais da pequena ilha italiana, em uma manobra de saudação aos presentes no local, o capitão do cruzeiro ordenou uma mudança de rota, passando a meia milha de Giglio e não mais a 5 milhas, como previa o programa de rota.
Segundo a testemunha, a nova rota, que não foi comunicada à Capitania de Portos e nem à companhia Costa Cruzeiros, estava sob responsabilidade dos oficiais da bordo, entre eles Canessa, quem traçou o percurso sobre as cartas náuticas e recebeu a ordem de avisar Schettino o momento em que o navio se aproximasse da ilha.
O oficial também relatou que o capitão do navio, a única pessoa que sentará no banco dos réus neste julgamento, já tinha tentado fazer essa mesma manobra uma semana antes, mas que as difíceis condições do mar o impediram.
O julgamento de Schettino pelo naufrágio do cruzeiro, no qual houve 30 mortos e dois desaparecidos, começou no dia 17 de julho em um teatro de Grosseto com capacidade para acolher todas as partes envolvidas neste processo.
Schettino pode pegar uma pena de até 20 anos de prisão por supostos crimes de homicídio culposo múltiplo, abandono de embarcação, naufrágio e, inclusive, por não ter informado às autoridades portuárias sobre a colisão.
No último dia 20 de julho, um juiz ratificou as penas de prisão pactadas pela Promotoria - entre 18 e 34 meses - com os outros cinco acusados, os oficiais Ciro Ambrosio e Silvia Coronica, o timoneiro Jacob Rusli, o chefe de bordo Manrico Giampedroni e o chefe da unidade de crise em terra da Costa Cruzeiros, Roberto Ferrarini.