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Oferta de Berlusconi não acaba com impasse político

Pier Luigi Bersani descartou a possibilidade de uma aliança com o partido Povo da Liberdade (PDL), do antigo primeiro-ministro

Silvio Berlusconi gesticula durante reunião em Roma: ex-premiê italiano repetiu a exigência de ser incluído em qualquer novo governo (Yara Nardi/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 25 de março de 2013 às 13h45.

Roma - Silvio Berlusconi repetiu nesta segunda-feira a exigência de ser incluído em qualquer novo governo italiano, mas não havia nenhum sinal de que seu adversário de centro-esquerda, Pier Luigi Bersani, voltará atrás na promessa de não se aliar com o ex-premiê como uma forma de sair do impasse político.

Bersani, solicitado pelo presidente Giorgio Napolitano a tentar formar um governo de coalizão após a inconclusiva eleição de fevereiro, que lhe deu maioria na Câmara, mas não no Senado, descartou a possibilidade de uma aliança com o partido Povo da Liberdade (PDL), do barão da mídia Berlusconi.

Mas o Partido Democrata (PD), de Bersani, tem poucas opções, deixando a terceira maior economia da zona do euro em um limbo político que é um perigo para todo o bloco da moeda única, já abalado pelo quase colapso do Chipre.

Berlusconi disse que o PD deve permitir que seu partido escolha um sucessor para Napolitano, de 87 anos, um membro da esquerda cujo mandato termina em 15 de maio -- outro aspecto da oferta de Berlusconi que desagrada Bersani.

"A linha é clara, ou o PD muda suas ideias e se torna disponível para um governo com o PDL para colocar a economia em movimento novamente e declara que está preparado para eleger um moderado para a Presidência ou vamos voltar e votar", disse Berlusconi em uma entrevista a seu próprio canal de TV, o Canale 5.

As ofertas de Bersani ao terceiro maior grupo no Parlamento --o populista Movimento 5 Estrelas-- foram rejeitadas. O movimento liderado pelo ex-comediante Beppe Grillo diz que não tem nada a ver com os partidos tradicionais da Itália, que são considerados por ele como corruptos.


Mesmo assim, o PD afirma que a proposta de Berlusconi continua sem apelo.

"Nossa experiência é negativa por um motivo muito simples. O que vimos, infelizmente, é que, no final, Berlusconi só pensa nos seus próprios interesses", disse o vice-líder do PD, Enrico Letta, à televisão SkyTG24.

Milagres

Se não conseguir formar uma coalizão, Napolitano poderá pedir a uma figura respeitada fora do sistema principal de partidos para tentar formar um governo de base ampla. A outra opção é um retorno às urnas.

Bersani expressou a urgência do dilema da Itália.

"A situação é dramática. Precisamos de um governo. Na verdade, precisamos de um governo capaz de realizar milagres", disse ele a repórteres no Parlamento, onde ele estava se encontrando com dirigentes sindicais, buscando apoio para modestas reformas econômicas.

Parceiros europeus e investidores internacionais estão observando de perto o impasse, embora até agora não tenha havido nenhum sinal do pânico que tomou conta dos mercados em 2011, quando Berlusconi renunciou ao cargo de primeiro-ministro em meio a uma crise da dívida.

Na segunda-feira, o principal indicador de confiança dos investidores, a diferença entre os rendimentos dos títulos italianos dos 10 anos e os bônus alemães de referência, diminuiu depois que a UE chegou a um acordo sobre a crise bancária no Chipre.

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Roma - Silvio Berlusconi repetiu nesta segunda-feira a exigência de ser incluído em qualquer novo governo italiano, mas não havia nenhum sinal de que seu adversário de centro-esquerda, Pier Luigi Bersani, voltará atrás na promessa de não se aliar com o ex-premiê como uma forma de sair do impasse político.

Bersani, solicitado pelo presidente Giorgio Napolitano a tentar formar um governo de coalizão após a inconclusiva eleição de fevereiro, que lhe deu maioria na Câmara, mas não no Senado, descartou a possibilidade de uma aliança com o partido Povo da Liberdade (PDL), do barão da mídia Berlusconi.

Mas o Partido Democrata (PD), de Bersani, tem poucas opções, deixando a terceira maior economia da zona do euro em um limbo político que é um perigo para todo o bloco da moeda única, já abalado pelo quase colapso do Chipre.

Berlusconi disse que o PD deve permitir que seu partido escolha um sucessor para Napolitano, de 87 anos, um membro da esquerda cujo mandato termina em 15 de maio -- outro aspecto da oferta de Berlusconi que desagrada Bersani.

"A linha é clara, ou o PD muda suas ideias e se torna disponível para um governo com o PDL para colocar a economia em movimento novamente e declara que está preparado para eleger um moderado para a Presidência ou vamos voltar e votar", disse Berlusconi em uma entrevista a seu próprio canal de TV, o Canale 5.

As ofertas de Bersani ao terceiro maior grupo no Parlamento --o populista Movimento 5 Estrelas-- foram rejeitadas. O movimento liderado pelo ex-comediante Beppe Grillo diz que não tem nada a ver com os partidos tradicionais da Itália, que são considerados por ele como corruptos.


Mesmo assim, o PD afirma que a proposta de Berlusconi continua sem apelo.

"Nossa experiência é negativa por um motivo muito simples. O que vimos, infelizmente, é que, no final, Berlusconi só pensa nos seus próprios interesses", disse o vice-líder do PD, Enrico Letta, à televisão SkyTG24.

Milagres

Se não conseguir formar uma coalizão, Napolitano poderá pedir a uma figura respeitada fora do sistema principal de partidos para tentar formar um governo de base ampla. A outra opção é um retorno às urnas.

Bersani expressou a urgência do dilema da Itália.

"A situação é dramática. Precisamos de um governo. Na verdade, precisamos de um governo capaz de realizar milagres", disse ele a repórteres no Parlamento, onde ele estava se encontrando com dirigentes sindicais, buscando apoio para modestas reformas econômicas.

Parceiros europeus e investidores internacionais estão observando de perto o impasse, embora até agora não tenha havido nenhum sinal do pânico que tomou conta dos mercados em 2011, quando Berlusconi renunciou ao cargo de primeiro-ministro em meio a uma crise da dívida.

Na segunda-feira, o principal indicador de confiança dos investidores, a diferença entre os rendimentos dos títulos italianos dos 10 anos e os bônus alemães de referência, diminuiu depois que a UE chegou a um acordo sobre a crise bancária no Chipre.

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