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OEA pede a países latinos que recebam presos de Guantánamo

O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos reiterou pedido aos países da região para que recebam pessoa detidas na prisão americana


	Prisão de Guantánamo: apenas o Uruguai respondeu de maneira positiva ao pedido
 (REUTERS/Bob Strong)

Prisão de Guantánamo: apenas o Uruguai respondeu de maneira positiva ao pedido (REUTERS/Bob Strong)

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Da Redação

Publicado em 30 de setembro de 2014 às 13h32.

Washington - O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, reiterou o pedido aos países da região para que recebam pessoas detidas na prisão americana de Guantánamo.

Em uma nota oficial, Insulza recorda que 79 pessoas que permanecem detidas em Guantánamo estão em condições de libertação, caso algum país aceite recebê-las.

"Uma resposta favorável para receber um número reduzido deles, que não apresentem risco para a segurança, contribuiria para reduzir consideravelmente este grave caso humanitário no território das Américas", escreveu Insulza em uma nota publicada no site da OEA.

Insulza recordou que as 79 pessoas em condições de libertação de Guantánamo "não foram julgadas, nem serão, por crime algum".

De acordo com o secretário da OEA, o governo dos Estados Unidos solicitou aos países do continente que examinem a possibilidade de receber em seu território estas pessoas.

"Acredito que nosso apego à causa dos direitos humanos não apenas nos convoca a cumpri-los, mas também a considerar a possibilidade de cooperar em seu cumprimento quando outro país da região solicita", destacou.

Insulza recordou que a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), órgão da OEA que é autônomo dos países membros e do secretário-geral, já pediu o fechamento do centro de detenção de Guantánamo.

Para Joy Olson, diretora da ONG Washington Office on Latin American (WOLA), "com Guantánamo, os Estados Unidos criaram um desastre em termos de direitos humanos que agora não conseguem resolver".

O apoio dos países latino-americanos poderia ajudar a "acabar com este pesadelo", disse.

Até o momento, apenas o Uruguai respondeu de maneira positiva ao pedido americano.

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