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OEA inicia Assembleia Geral preocupada com Venezuela

A Venezuela enfrenta uma terrível escassez de produtos básicos, uma inflação de 180,9% (em 2015) e uma dos índices de violência mais elevados do mundo

Protestos: a Venezuela enfrenta uma terrível escassez de produtos básicos, uma inflação de 180,9% (em 2015) e uma dos índices de violência mais elevados do mundo (Carlos Garcia Rawlins / Reuters)
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Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2016 às 11h00.

A OEA inaugura nesta segunda-feira sua Assembleia Geral na República Dominicana com a promessa de que as discussões ficarão limitadas ao desenvolvimento sustentável da região, mas com a crise na Venezuela dominando as conversas informais.

Também deverá ser abordada a crise financeira da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), que teve de suspender suas missões na região por falta de fundos.

O presidente da República Dominicana, Danilo Medina, e o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, inauguraram a 46a. Assembleia Geral no início da noite, em Santo Domingo, depois de se reunirem ao longo do dia com representantes da sociedade civil.

Em sinal de deferência para com o país anfitrião, Almagro prometeu que não vai impor a questão da Venezuela na agenda de discussões.

No entanto, faltando uma semana para que a Comissão Permanente da OEA discuta precisamente o estado da democracia na Venezuela, é quase impossível que o tema não figure nas discussões informais.

Um diplomata confidenciou à AFP que a Venezuela deverá dominar as discussões porque as partes buscarão alcançar "o mágico número 18", que é a maioria necessária para que na reunião de 23 de junho o Conselho Permanente ative as gestões diplomáticas previstas pela Carta Democrática Interamericana.

Em 31 de maio, Almagro evocou a Carta Democrática junto à publicação de um contundente relatório sobre a crise na Venezuela.

Também afirmou que o governo venezuelano tem "muito mais a ganhar do que a perder" com a realização de um referendo revogatório este ano e a libertação de "presos políticos".

Prevendo a presença de seu país na agenda, a chanceler venezuelana Delcy Rodríguez advertiu que vai a Santo Domingo disposta a defender junto aos aliados do grupo Alba - que somam onze países - seus "modelos de autonomia política, econômica e de soberania financeira".

A Venezuela enfrenta uma terrível escassez de produtos básicos, uma inflação de 180,9% (em 2015) e uma dos índices de violência mais elevados do mundo.

Entre os 27 ministros das Relações Exteriores que participarão na Assembleia figuram o chanceler americano John Kerry.

A CIDH, órgão autônomo da OEA, pedirá aos Estados membros que "redobrem os esforços a fim de superar sua crise financeira", segundo um comunciado.

A CIDH se viu forçada a suspender suas missões na região e provavelmente não renovará os contratos de 40% de seu pessoal em Washington por falta de recursos.

A assembleia também analisará a proteção dos direitos humanos dos trabalhadores imigrantes, dos povos indígenas e afro-descendentes e da comunidade LGBT.

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A OEA inaugura nesta segunda-feira sua Assembleia Geral na República Dominicana com a promessa de que as discussões ficarão limitadas ao desenvolvimento sustentável da região, mas com a crise na Venezuela dominando as conversas informais.

Também deverá ser abordada a crise financeira da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), que teve de suspender suas missões na região por falta de fundos.

O presidente da República Dominicana, Danilo Medina, e o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, inauguraram a 46a. Assembleia Geral no início da noite, em Santo Domingo, depois de se reunirem ao longo do dia com representantes da sociedade civil.

Em sinal de deferência para com o país anfitrião, Almagro prometeu que não vai impor a questão da Venezuela na agenda de discussões.

No entanto, faltando uma semana para que a Comissão Permanente da OEA discuta precisamente o estado da democracia na Venezuela, é quase impossível que o tema não figure nas discussões informais.

Um diplomata confidenciou à AFP que a Venezuela deverá dominar as discussões porque as partes buscarão alcançar "o mágico número 18", que é a maioria necessária para que na reunião de 23 de junho o Conselho Permanente ative as gestões diplomáticas previstas pela Carta Democrática Interamericana.

Em 31 de maio, Almagro evocou a Carta Democrática junto à publicação de um contundente relatório sobre a crise na Venezuela.

Também afirmou que o governo venezuelano tem "muito mais a ganhar do que a perder" com a realização de um referendo revogatório este ano e a libertação de "presos políticos".

Prevendo a presença de seu país na agenda, a chanceler venezuelana Delcy Rodríguez advertiu que vai a Santo Domingo disposta a defender junto aos aliados do grupo Alba - que somam onze países - seus "modelos de autonomia política, econômica e de soberania financeira".

A Venezuela enfrenta uma terrível escassez de produtos básicos, uma inflação de 180,9% (em 2015) e uma dos índices de violência mais elevados do mundo.

Entre os 27 ministros das Relações Exteriores que participarão na Assembleia figuram o chanceler americano John Kerry.

A CIDH, órgão autônomo da OEA, pedirá aos Estados membros que "redobrem os esforços a fim de superar sua crise financeira", segundo um comunciado.

A CIDH se viu forçada a suspender suas missões na região e provavelmente não renovará os contratos de 40% de seu pessoal em Washington por falta de recursos.

A assembleia também analisará a proteção dos direitos humanos dos trabalhadores imigrantes, dos povos indígenas e afro-descendentes e da comunidade LGBT.

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