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Ocidente quer evitar caos após a queda de Kadafi

Os ocidentais têm como meta assegurar uma transição democrática no país

Secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen pediu aos líderes do CNT garantia de que a transição seja feita com calma e com a participação de todos (Sean Gallup/Getty Images)

Secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen pediu aos líderes do CNT garantia de que a transição seja feita com calma e com a participação de todos (Sean Gallup/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 22 de agosto de 2011 às 13h38.

Bruxelas - Os ocidentais começam a preparar a era pós-Kadafi sem esperar a queda do ditador e asseguram ter metas: evitar a cisão do país e assegurar uma transição democrática.

O secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, pediu hoje aos dirigentes da rebelião líbia (CNT) "a garantia que a transição seja feita com calma e com a participação de todos, que o país permaneça unido e que o futuro seja baseado na reconciliação e no respeito aos Direitos Humanos".

O presidente americano, Barack Obama, expressou sua preocupação ao pedir que o CNT "demonstre a liderança necessária para conduzir o país por uma transição que respeite os direitos do povo líbio".

A chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, pediu que os dirigentes rebeldes "atuem com responsabilidade para manter a paz e a estabilidade em todo o país".

Os rebeldes estão a ponto de tomar Trípoli e os ocidentais temem que a queda do regime autoritário de Muamar Kadafi, que dirigiu o país com mãos de ferro durante quatro décadas, ceda lugar a um regime de vingança entre vencedores e vencidos, comprometendo as possibilidades de uma reconciliação nacional.

"Muitos líbios nos dizem que haverá ajuste de contas porque estamos em uma situação de guerra civil e o conflito só serviu para exacerbar as tensões veladas que existiam há muito tempo", disse à AFP um diplomata europeu especialista em Líbia.

Este clima pode alimentar forças capazes de colocar em perigo a unidade do país, que conta com dezenas de tribos com interesses divergentes.

"A história mostra que quando a conquista do poder é alcançada através das armas e não de maneira pacífica, a legitimidade militar entra em contradição com a legitimidade democrática", explica Álvaro de Vasconcelos, presidente do Instituto de Segurança da União Europeia.

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