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Ocidente abre ofensiva diplomática contra Síria

Washington, Bruxelas e Londres anunciaram diferentes medidas diplomáticas que reforçam o isolamento de Damasco

Os EUA argumentaram 'razões de segurança' para nesta fecharem sua legação em Damasco (AFP)
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Da Redação

Publicado em 6 de fevereiro de 2012 às 17h53.

Damasco - Os Estados Unidos e a União Europeia (UE) não estão dispostos a conceder mais tempo ao regime de Bashar Al Assad e nesta segunda-feira deram seus primeiros passos unilaterais em uma ofensiva diplomática que chega paralelamente a novos bombardeios sobre a cidade rebelde de Homs.

Diante do bloqueio de Rússia e China no Conselho de Segurança da ONU, Washington, Bruxelas e Londres anunciaram diferentes medidas diplomáticas que reforçam o isolamento de Damasco em meio a uma escalada da violência que nesta segunda parece ter se tornado sem limites.

Os EUA argumentaram 'razões de segurança' para nesta fecharem sua legação em Damasco nesta segunda, uma notícia que era esperada há algum tempo, mas que foi acelerada pelos ataques dos últimos dias sobre a população civil em Homs.

Enquanto isso, a UE anunciou que estudará novas sanções contra a Síria, que deverão ser adotadas antes da próxima reunião de ministros de Relações Exteriores, prevista para o dia 27 de fevereiro, mas por enquanto manterá seus embaixadores na capital do país.

Londres aderiu a estes anúncios com a decisão de chamar seu embaixador em Damasco para consultas, embora isso ainda implique no fechamento de sua legação.

A estratégia americana e europeia segue por enquanto as pautas que o Conselho Nacional Sírio (CNS), a maior organização opositora no exílio, traçou depois que Moscou e Pequim vetaram no último sábado uma resolução de condenação contra a Síria no Conselho de Segurança.


Moscou, o grande aliado estratégico com o qual Assad conta até o momento, enviará nesta terça a Damasco o seu ministro de Relações Exteriores, Sergey Lavrov, que deverá se reunir com o presidente sírio e esclarecer suas propostas para evitar que a Síria entre em uma guerra civil cada vez mais próxima.

Por enquanto, a violência alcança sua máxima expressão nos ataques sobre os povoados onde os insurgentes têm uma maior presença armada, como Homs, que nesta segunda voltou a ser alvo de intensos bombardeios.

Segundo o grupo opositor Comissão Geral da Revolução Síria, ao menos 57 pessoas morreram em Homs, que já havia sido duramente atacada na madrugada do último sábado, horas antes da reunião do Conselho de Segurança.

Para o CNS, a destruição dos bairros mais simpáticos à oposição responde a um plano do regime para dobrar os principais focos de resistência.

A versão de Damasco é bem diferente e a agência oficial de notícias 'Sana' acusou nesta segunda 'grupos armados terroristas' de atacar civis e membros das forças de segurança em Homs e bombardear alguns bairros, o que desencadeou em choques com as autoridades.

Por outro lado, testemunhas explicaram à Agência Efe que as povoações de Zabadani e Madaya, na província de Rif Damasco, a menos de 50 quilômetros da capital, também sofreram o ataque dos tanques das Forças Armadas sírias.

Segundo estes depoimentos, ao menos cinco casas foram destruídas em Madaya e outras três, além da principal padaria da cidade, em Zabadani, e cinco pessoas morreram pelos bombardeios.

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Damasco - Os Estados Unidos e a União Europeia (UE) não estão dispostos a conceder mais tempo ao regime de Bashar Al Assad e nesta segunda-feira deram seus primeiros passos unilaterais em uma ofensiva diplomática que chega paralelamente a novos bombardeios sobre a cidade rebelde de Homs.

Diante do bloqueio de Rússia e China no Conselho de Segurança da ONU, Washington, Bruxelas e Londres anunciaram diferentes medidas diplomáticas que reforçam o isolamento de Damasco em meio a uma escalada da violência que nesta segunda parece ter se tornado sem limites.

Os EUA argumentaram 'razões de segurança' para nesta fecharem sua legação em Damasco nesta segunda, uma notícia que era esperada há algum tempo, mas que foi acelerada pelos ataques dos últimos dias sobre a população civil em Homs.

Enquanto isso, a UE anunciou que estudará novas sanções contra a Síria, que deverão ser adotadas antes da próxima reunião de ministros de Relações Exteriores, prevista para o dia 27 de fevereiro, mas por enquanto manterá seus embaixadores na capital do país.

Londres aderiu a estes anúncios com a decisão de chamar seu embaixador em Damasco para consultas, embora isso ainda implique no fechamento de sua legação.

A estratégia americana e europeia segue por enquanto as pautas que o Conselho Nacional Sírio (CNS), a maior organização opositora no exílio, traçou depois que Moscou e Pequim vetaram no último sábado uma resolução de condenação contra a Síria no Conselho de Segurança.


Moscou, o grande aliado estratégico com o qual Assad conta até o momento, enviará nesta terça a Damasco o seu ministro de Relações Exteriores, Sergey Lavrov, que deverá se reunir com o presidente sírio e esclarecer suas propostas para evitar que a Síria entre em uma guerra civil cada vez mais próxima.

Por enquanto, a violência alcança sua máxima expressão nos ataques sobre os povoados onde os insurgentes têm uma maior presença armada, como Homs, que nesta segunda voltou a ser alvo de intensos bombardeios.

Segundo o grupo opositor Comissão Geral da Revolução Síria, ao menos 57 pessoas morreram em Homs, que já havia sido duramente atacada na madrugada do último sábado, horas antes da reunião do Conselho de Segurança.

Para o CNS, a destruição dos bairros mais simpáticos à oposição responde a um plano do regime para dobrar os principais focos de resistência.

A versão de Damasco é bem diferente e a agência oficial de notícias 'Sana' acusou nesta segunda 'grupos armados terroristas' de atacar civis e membros das forças de segurança em Homs e bombardear alguns bairros, o que desencadeou em choques com as autoridades.

Por outro lado, testemunhas explicaram à Agência Efe que as povoações de Zabadani e Madaya, na província de Rif Damasco, a menos de 50 quilômetros da capital, também sofreram o ataque dos tanques das Forças Armadas sírias.

Segundo estes depoimentos, ao menos cinco casas foram destruídas em Madaya e outras três, além da principal padaria da cidade, em Zabadani, e cinco pessoas morreram pelos bombardeios.

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