Mundo

OCI clama por "diálogo sério" para democracia na Síria

A organização insistiu na necessidade de "uma solução política que garanta a unidade do povo sírio e a integridade do território"


	Rebeldes na Síria: a guerra na Síria foi o tema principal na cúpula da OCI, que também abordou outros conflitos do Oriente Médio.
 (Aamir Qureshi/AFP)

Rebeldes na Síria: a guerra na Síria foi o tema principal na cúpula da OCI, que também abordou outros conflitos do Oriente Médio. (Aamir Qureshi/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.

Cairo - A Organização da Cooperação Islâmica (OCI) pediu nesta quinta-feira o início de "um diálogo sério" na Síria que abra o caminho para "um processo de transição e de mudança democrática" no país.

No comunicado final da 12ª Cúpula da OCI, realizada no Cairo, a organização islâmica insistiu na necessidade de "uma solução política que garanta a unidade do povo sírio e a integridade do território".

A chamada para o diálogo na Síria acontece depois da polêmica levantada pela disposição de conversar com o regime de Bashar al Assad, anunciada pelo líder da Coalizão Nacional das Forças da Revolução e a Oposição Sírias (CNFROS), Ahmed Muaz al-Khatib.

A OCI insistiu na importância do "fim imediato de todos os atos de violência" na Síria e da unificação das forças de oposição durante o encerramento da cúpula.

Os integrantes do organismo também expressaram seu apoio aos esforços do enviado especial da ONU e da Liga Árabe para a Síria, Lakhdar Brahimi, e lamentaram que o Conselho de Segurança não tenha assumido sua responsabilidade, depois dos vetos de Rússia e China para qualquer resolução condenando o regime de Damasco.

A guerra na Síria foi o tema principal na cúpula da OCI, que também abordou a questão palestina, o conflito no Mali e fenômenos como a islamofobia e o extremismo religioso.


Sobre o processo de paz no Oriente Médio, a OCI ressaltou que a causa palestina é o assunto mais importante para a organização e que a resolução do conflito é necessária para se conseguir a estabilidade na região.

O texto final também mostrou sua rejeição à continuidade da política de construção de assentamentos israelenses em território palestino.

Durante o seu discurso na cúpula ontem, o presidente palestino Mahmoud Abbas insistiu que seu país vai recorrer às instituições internacionais se Israel continuar com sua política de ampliar os assentamentos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.

Israel anunciou a construção de novas colônias e suspendeu a transferência dos impostos que arrecada em nome da Autoridade Nacional Palestina (ANP), dirigida por Abbas, depois que a Assembleia Geral da ONU reconheceu à Palestina como Estado observador no último mês de novembro. 

Acompanhe tudo sobre:Bashar al-AssadIslamismoPolíticosSíria

Mais de Mundo

Legisladores democratas aumentam pressão para que Biden desista da reeleição

Entenda como seria o processo para substituir Joe Biden como candidato democrata

Chefe de campanha admite que Biden perdeu apoio, mas que continuará na disputa eleitoral

Biden anuncia que retomará seus eventos de campanha na próxima semana

Mais na Exame