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OCDE: gastos com idosos devem dobrar até 2050

Aumento da expectativa de vida vai obrigar os governos a melhorar a gestão e os cuidados oferecidos à terceira idade

O gasto com os idosos pode até triplicar, alerta a OCDE (Fernando Vivas/EXAME)
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Da Redação

Publicado em 18 de maio de 2011 às 19h49.

Paris - Os gastos que os países-membros da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) direcionam para os cuidados com idosos dependentes vai duplicar e, talvez, até triplicar, até 2050, alertou nesta quarta-feira o organismo, através de um comunicado.

Segundo a organização - grupo formado pelos 34 países mais ricos do planeta -, é preciso melhorar a gestão do atendimento e os cuidados oferecidos aos idosos, pois há uma expectativa de que a população de 80 anos ou mais passe dos atuais 4% da população total dos países-membros para 10% até 2050.

Em 2008, os gastos com cuidados de pessoas dependentes representou, em média, uma fatia de 1,5% do PIB dos países OCDE.

Contudo, os gastos variaram enormemente, indo de 0,1% em Portugal até 3,6% na Suécia.

Diante desta situação, o mexicano Angel Gurría, secretário-geral da OCDE, aconselha os países a revisarem as políticas atuais já que, segundo ele, elas carecem de coerência em muitos dos países-membros.

Segundo Gurría, é preciso "otimizar os gastos" e "dar respaldo às famílias que constituem a espinha dorsal dos dispositivos de cuidados de longa duração".

Atualmente, segundo o censo da OCDE, cerca de 70% das pessoas dependentes recebem cuidados em seu próprio domicílio, o que é menos custoso que o cuidado em instituições que, mesmo menos utilizadas, absorvem 62% dos gastos totais.

Entre os membros da OCDE, mais de um adulto em cada dez se ocupa de uma pessoa dependente, avalia a organização.

Contudo, o informe indica que cuidar de um dependente tem consequências para as pessoas que o fazem, já que estes têm maiores gastos e sofrem uma probabilidade maior de "padecer de problemas mentais 20% mais elevada que o restante da população".

Para a OCDE, "não é desejável que se implique demasadiadamente os familiares nestas tarefas".

Para a organização, além de reforçar a ajuda aos dependentes, "vários países devem reforçar o setor formal e efetuar reformas para atrair mais mão-de-obra neste setor".

Os profisssionais do setor (enfermeiras, auxiliares, etc.) representam atualmente entre 1% e 2% da população ativa e esses números também devem duplicar até 2050, estima a OCDE.

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Segundo a organização - grupo formado pelos 34 países mais ricos do planeta -, é preciso melhorar a gestão do atendimento e os cuidados oferecidos aos idosos, pois há uma expectativa de que a população de 80 anos ou mais passe dos atuais 4% da população total dos países-membros para 10% até 2050.

Em 2008, os gastos com cuidados de pessoas dependentes representou, em média, uma fatia de 1,5% do PIB dos países OCDE.

Contudo, os gastos variaram enormemente, indo de 0,1% em Portugal até 3,6% na Suécia.

Diante desta situação, o mexicano Angel Gurría, secretário-geral da OCDE, aconselha os países a revisarem as políticas atuais já que, segundo ele, elas carecem de coerência em muitos dos países-membros.

Segundo Gurría, é preciso "otimizar os gastos" e "dar respaldo às famílias que constituem a espinha dorsal dos dispositivos de cuidados de longa duração".

Atualmente, segundo o censo da OCDE, cerca de 70% das pessoas dependentes recebem cuidados em seu próprio domicílio, o que é menos custoso que o cuidado em instituições que, mesmo menos utilizadas, absorvem 62% dos gastos totais.

Entre os membros da OCDE, mais de um adulto em cada dez se ocupa de uma pessoa dependente, avalia a organização.

Contudo, o informe indica que cuidar de um dependente tem consequências para as pessoas que o fazem, já que estes têm maiores gastos e sofrem uma probabilidade maior de "padecer de problemas mentais 20% mais elevada que o restante da população".

Para a OCDE, "não é desejável que se implique demasadiadamente os familiares nestas tarefas".

Para a organização, além de reforçar a ajuda aos dependentes, "vários países devem reforçar o setor formal e efetuar reformas para atrair mais mão-de-obra neste setor".

Os profisssionais do setor (enfermeiras, auxiliares, etc.) representam atualmente entre 1% e 2% da população ativa e esses números também devem duplicar até 2050, estima a OCDE.

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