Obras de Jirau são retomadas
Protestos dos trabalhadores fez as obras da usina ficarem paradas por um mês
Da Redação
Publicado em 12 de abril de 2011 às 14h21.
São Paulo - Parte dos cerca de 22 mil operários envolvidos na construção da hidroelétrica de Jirau, a maior obra civil no país na atualidade, retornou aos trabalhos nesta semana após uma série de protestos e de ataques de vandalismo que obrigaram a construtora a paralisar as atividades por quase um mês.
Uma pequena parte dos trabalhadores retornou as obras na segunda-feira e um número maior se apresentou nesta terça-feira, disseram à Agência Efe porta-vozes da construtora Camargo Corrêa, responsável pela construção em Rondônia.
As obras estavam paralisadas desde 15 de março, quando um grupo de operários, supostamente em protesto pela detenção abusiva de um colega e das más condições de trabalho, incendiou os 70 alojamentos dos operários e 43 ônibus.
O incidente obrigou o Governo a enviar a força Nacional de Segurança à região e a negociar com as centrais sindicais várias reivindicações cuja falta de atenção gerava tensão entre os trabalhadores do gigantesco projeto.
Na segunda-feira, a Camargo Corrêa convocou parte dos trabalhadores para o retorno às atividades pouco depois de os operários, em uma assembleia sindical na qual participaram cerca de 4 mil pessoas, aprovaram o acordo com a construtora.
O reinício das atividades foi aprovado por promotores de justiça do trabalho que visitaram as instalações na semana passada para inspecionar as condições de saúde e trabalhistas.
A volta ao trabalho coincidiu com a visita realizada na segunda-feira do ministro do Trabalho, Carlos Lupi.
"Vim escutar as demandas dos trabalhadores e buscar soluções. No final das contas eles estão trabalhando para o desenvolvimento do país e é necessário que tenham boas condições de alojamento, transporte e ambiente de trabalho, assim como salários justos", disse o ministro.
A Camargo Corrêa decidiu reiniciar gradualmente as obras e convocou os trabalhadores que vivem em Porto Velho (capital de Rondônia), Nova Mutum e Jaci Paraná, as mais próximas à obra.
Um juiz trabalhista de Porto Velho autorizou a construtora a rescindir o contrato de 6 mil operários.
"A construtora não se pronunciou sobre isso", revelou o porta-voz da empresa ao ser perguntado sobre se a Camargo Corrêa pretende aproveitar a autorização para reduzir sua massa laboral em Jirau.
O acordo para o reinício das obras, aprovado na véspera pelos trabalhadores, prevê leve aumento salarial, reajuste da ajuda para a compra de alimentos, a concessão de cinco dias de descanso a cada três meses de trabalho e de passagens de avião para que os empregados que vivem em cidades afastadas possam visitar suas famílias.
O secretário de administração e financias da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, advertiu que o retorno ao trabalho pode ser temporário em caso de a construtora não se disponha a negociar novas melhorias nas condições de trabalho.
A hidroelétrica de Jirau é a obra civil em execução de maior porte no Brasil e será a terceira maior geradora do mundo depois de Três Gargantas (China) e Itaipu (Brasil-Paraguai).
Jirau compõe com a de Santo Antonio, também em construção, o chamado Complexo Hidrelétrico do Rio Madeira, situado nas proximidades da fronteira do Brasil com a Bolívia, e terá capacidade instalada de 3.450 megawatts de energia.
São Paulo - Parte dos cerca de 22 mil operários envolvidos na construção da hidroelétrica de Jirau, a maior obra civil no país na atualidade, retornou aos trabalhos nesta semana após uma série de protestos e de ataques de vandalismo que obrigaram a construtora a paralisar as atividades por quase um mês.
Uma pequena parte dos trabalhadores retornou as obras na segunda-feira e um número maior se apresentou nesta terça-feira, disseram à Agência Efe porta-vozes da construtora Camargo Corrêa, responsável pela construção em Rondônia.
As obras estavam paralisadas desde 15 de março, quando um grupo de operários, supostamente em protesto pela detenção abusiva de um colega e das más condições de trabalho, incendiou os 70 alojamentos dos operários e 43 ônibus.
O incidente obrigou o Governo a enviar a força Nacional de Segurança à região e a negociar com as centrais sindicais várias reivindicações cuja falta de atenção gerava tensão entre os trabalhadores do gigantesco projeto.
Na segunda-feira, a Camargo Corrêa convocou parte dos trabalhadores para o retorno às atividades pouco depois de os operários, em uma assembleia sindical na qual participaram cerca de 4 mil pessoas, aprovaram o acordo com a construtora.
O reinício das atividades foi aprovado por promotores de justiça do trabalho que visitaram as instalações na semana passada para inspecionar as condições de saúde e trabalhistas.
A volta ao trabalho coincidiu com a visita realizada na segunda-feira do ministro do Trabalho, Carlos Lupi.
"Vim escutar as demandas dos trabalhadores e buscar soluções. No final das contas eles estão trabalhando para o desenvolvimento do país e é necessário que tenham boas condições de alojamento, transporte e ambiente de trabalho, assim como salários justos", disse o ministro.
A Camargo Corrêa decidiu reiniciar gradualmente as obras e convocou os trabalhadores que vivem em Porto Velho (capital de Rondônia), Nova Mutum e Jaci Paraná, as mais próximas à obra.
Um juiz trabalhista de Porto Velho autorizou a construtora a rescindir o contrato de 6 mil operários.
"A construtora não se pronunciou sobre isso", revelou o porta-voz da empresa ao ser perguntado sobre se a Camargo Corrêa pretende aproveitar a autorização para reduzir sua massa laboral em Jirau.
O acordo para o reinício das obras, aprovado na véspera pelos trabalhadores, prevê leve aumento salarial, reajuste da ajuda para a compra de alimentos, a concessão de cinco dias de descanso a cada três meses de trabalho e de passagens de avião para que os empregados que vivem em cidades afastadas possam visitar suas famílias.
O secretário de administração e financias da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, advertiu que o retorno ao trabalho pode ser temporário em caso de a construtora não se disponha a negociar novas melhorias nas condições de trabalho.
A hidroelétrica de Jirau é a obra civil em execução de maior porte no Brasil e será a terceira maior geradora do mundo depois de Três Gargantas (China) e Itaipu (Brasil-Paraguai).
Jirau compõe com a de Santo Antonio, também em construção, o chamado Complexo Hidrelétrico do Rio Madeira, situado nas proximidades da fronteira do Brasil com a Bolívia, e terá capacidade instalada de 3.450 megawatts de energia.