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Obama revela ter trocado cartas com presidente iraniano

Segundo presidente americano, Hassan Rouhani se comprometeu a atuar com firmeza para evitar qualquer intervenção ocidental na Síria

O presidente dos EUA, Barack Obamaos iranianos entendem que o tema nuclear é um problema muito maior para nós que a questão das armas químicas (Alex Wong/GETTY IMAGES)
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Da Redação

Publicado em 15 de setembro de 2013 às 12h22.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama , disse neste domingo que trocou cartas com o novo presidente do Irã, Hassan Rouhani, que se comprometeu a atuar com firmeza para evitar qualquer intervenção ocidental na Síria.

Em entrevista concedida ao programa 'This Week', da emissora 'ABC', Obama afirmou que a ameaça americana de usar força militar na Síria e a diplomacia que seguiu é um sinal ao regime iraniano sobre seu controvertido programa nuclear, que os Estados Unidos acreditam ter ambições bélicas não declaradas.

'Acho que os iranianos entendem que o tema nuclear é um problema muito maior para nós que a questão das armas químicas, que a ameaça contra Israel de um Irã nuclear é muito mais próximo de nossos interesses', afirmou o presidente.

'Uma corrida nuclear na região seria algo profundamente desestabilizador', acrescentou o Obama.

Os Estados Unidos romperam relações diplomáticas com o Irã em 1980, pouco depois da proclamação República Islâmica e do ataque à embaixada americana em Teerã. A ocupação da embaixada se estendeu por 444 dias e 52 pessoas foram feitas reféns, muitos deles de nacionalidade americana.

'Acho que o novo presidente não vai tornar de repente as coisas mais fáceis. Mas minha opinião é que se você tem uma ameaça factível da força, junto com um esforço diplomático rigoroso, pode-se chegar a um acordo', concluiu o presidente.

Nesta semana, Rohani disse que Teerã quer uma 'solução' rápida para a crise provocada por seu programa nuclear 'no marco das normas internacionais'.

Em uma visita a Moscou, onde Rohani se reuniu com o presidente russo, Vladimir Putin, ambos defenderam o direito do Irã a enriquecer urânio.

'Partimos do fato de que o Irã, como qualquer outro Estado, tem direito ao uso pacífico da energia nuclear, incluído o enriquecimento', disse.

O Grupo 5+1 (formado pelos países com cadeira permanente no Conselho de Segurança mais a Alemanha) segue esperando que o Irã dê uma resposta concreta à oferta feita em fevereiro de suspender o enriquecimento de urânio a 20% e reduzir a capacidade da usina de processamento nuclear de Fordo.

Segundo informaram fontes diplomáticas iranianas à agência oficial russa 'RIA Novosti', o ministro iraniano de Relações Exteriores, Mohammed Yavad Zarif, irá se reunir com os mediadores internacionais do Grupo 5+1 em 26 de setembro durante a Assembleia Geral da ONU, em Nova York.

Além disso, a agência nacional de notícias iraniana anunciou hoje que Rohani, um clérigo considerado moderado, vai se encontrar com o ministro britânico das Relações Exteriores do Reino Unido, William Hague, também durante a Assembleia Geral da ONU.

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Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama , disse neste domingo que trocou cartas com o novo presidente do Irã, Hassan Rouhani, que se comprometeu a atuar com firmeza para evitar qualquer intervenção ocidental na Síria.

Em entrevista concedida ao programa 'This Week', da emissora 'ABC', Obama afirmou que a ameaça americana de usar força militar na Síria e a diplomacia que seguiu é um sinal ao regime iraniano sobre seu controvertido programa nuclear, que os Estados Unidos acreditam ter ambições bélicas não declaradas.

'Acho que os iranianos entendem que o tema nuclear é um problema muito maior para nós que a questão das armas químicas, que a ameaça contra Israel de um Irã nuclear é muito mais próximo de nossos interesses', afirmou o presidente.

'Uma corrida nuclear na região seria algo profundamente desestabilizador', acrescentou o Obama.

Os Estados Unidos romperam relações diplomáticas com o Irã em 1980, pouco depois da proclamação República Islâmica e do ataque à embaixada americana em Teerã. A ocupação da embaixada se estendeu por 444 dias e 52 pessoas foram feitas reféns, muitos deles de nacionalidade americana.

'Acho que o novo presidente não vai tornar de repente as coisas mais fáceis. Mas minha opinião é que se você tem uma ameaça factível da força, junto com um esforço diplomático rigoroso, pode-se chegar a um acordo', concluiu o presidente.

Nesta semana, Rohani disse que Teerã quer uma 'solução' rápida para a crise provocada por seu programa nuclear 'no marco das normas internacionais'.

Em uma visita a Moscou, onde Rohani se reuniu com o presidente russo, Vladimir Putin, ambos defenderam o direito do Irã a enriquecer urânio.

'Partimos do fato de que o Irã, como qualquer outro Estado, tem direito ao uso pacífico da energia nuclear, incluído o enriquecimento', disse.

O Grupo 5+1 (formado pelos países com cadeira permanente no Conselho de Segurança mais a Alemanha) segue esperando que o Irã dê uma resposta concreta à oferta feita em fevereiro de suspender o enriquecimento de urânio a 20% e reduzir a capacidade da usina de processamento nuclear de Fordo.

Segundo informaram fontes diplomáticas iranianas à agência oficial russa 'RIA Novosti', o ministro iraniano de Relações Exteriores, Mohammed Yavad Zarif, irá se reunir com os mediadores internacionais do Grupo 5+1 em 26 de setembro durante a Assembleia Geral da ONU, em Nova York.

Além disso, a agência nacional de notícias iraniana anunciou hoje que Rohani, um clérigo considerado moderado, vai se encontrar com o ministro britânico das Relações Exteriores do Reino Unido, William Hague, também durante a Assembleia Geral da ONU.

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