Barack Obama: acordo pode impedir que o país caia em moratória (Kevin Lamarque/Reuters)
Da Redação
Publicado em 14 de outubro de 2013 às 14h33.
Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, se reunirá nesta segunda-feira com os líderes de ambas as câmaras do Congresso americano para insistir na necessidade de alcançar um acordo capaz de elevar o teto da dívida e, desta forma, evitar que o país caia em moratória, informou a Casa Branca.
Obama se reunirá às 15h locais (16h de Brasília) na Casa Branca com o líder da maioria democrata do Senado, Harry Reid; o líder da minoria, Mitch McConnell; o presidente da Câmara dos Representantes, o republicano John Boehner, e o líder da minoria democrata na câmara baixa, Nancy Pelosi.
De acordo com a Casa Branca, o vice-presidente americano, Joseph Biden, também estará presente neste encontro.
"Faltando poucos dias para que o governo fique sem autorização para contrair empréstimos, o presidente fará evidente a necessidade de o Congresso atuar para pagar nossas contas e voltar a abrir o governo", assinalou a Casa Branca em comunicado.
Segundo a nota, Obama reiterará sua postura e repetirá aos legisladores que não está disposto a "pagar um resgate" ao Congresso para retomar as atividades federais, paralisadas desde o dia 1º, e aumentar o limite da dívida, que, segundo o Departamento do Tesouro, será alcançado na próxima quinta-feira.
"O presidente segue pedindo ao Congresso aprovar um projeto de lei que eleve o teto da dívida, de nossas empresas e nossa economia a certeza que necessitam", acrescentou a Casa Branca.
Os legisladores quase que não avançaram nas negociações destes últimos dias, cujo peso recaiu principalmente sob o Senado, depois que as conversas entre Obama e Boehner terminassem sem acordos.
A frustração aumentou entre os republicanos da câmara alta depois que os democratas rejeitaram a proposta da senadora republicana Susan Collins, que elevaria o teto da dívida até final de janeiro e reabriria o governo durante seis meses em troca de um atraso da aplicação de um dos impostos da reforma sanitária.
A proposta de Collins também recolhia uma maior flexibilidade na execução dos cortes ao gasto público, conhecidos como "sequester" e que entraram em vigor no último mês de março.
Os democratas do Senado rejeitaram o plano ao alegar que não havia concessões reais a suas prioridades, já que os mesmos veem o financiamento do governo e um aumento do teto da dívida como obrigações do Congresso.