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Obama recebe Suu Kyi

Obama vê Suu Kyi como ''alguém que foi um farol extraordinário'' para as reformas democráticas em seu país, indicou Carney hoje em entrevista coletiva

Antes do encontro com Obama, a líder opositora recebeu a medalha de ouro do Congresso dos EUA (©AFP/Getty Images / Chip Somodevilla)
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Da Redação

Publicado em 19 de setembro de 2012 às 21h29.

Washington - O presidente dos Estados Unidos , Barack Obama, recebeu na Casa Branca a líder opositora birmanesa Aung San Suu Kyi, comparada com figuras como Nelson Mandela ao receber nesta quarta-feira a medalha de ouro do Congresso americano por sua luta de anos para guiar seu país rumo à democracia.

O encontro com Obama foi privado, no Salão Oval e só aberto aos fotógrafos por poucos minutos, o primeiro entre ambos e esperado ''com muito interesse'' pelo líder, segundo o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney.

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Obama vê Suu Kyi como ''alguém que foi um farol extraordinário'' para as reformas democráticas em seu país, indicou Carney hoje em entrevista coletiva.

Antes do encontro com Obama, a líder opositora recebeu a medalha de ouro do Congresso dos EUA em cerimônia na qual a secretária de Estado, Hillary Clinton, comparou sua história com a do líder sul-africano Nelson Mandela.

''Este é um dos dias mais emocionantes da minha vida'', disse Suu Kyi após receber a medalha, a máxima honra civil do Congresso americano, das mãos do presidente da Câmara dos Representantes, o republicano John Boehner.

Hillary assegurou que quando se encontrou em dezembro com a vencedora do prêmio Nobel da Paz birmanesa em sua residência em Yangun lembrou-se de outra visita que fez a Mandela, com quem ela compartilha ''uma elegância incomum, uma generosidade de espírito e uma vontade inquebrantável''.

''Os dois compreenderam que quando terminou sua clausura, isso não significava o fim de sua luta, mas o começo de uma nova fase'', afirmou Hillary em referência a Suu Kyi, que passou mais de 15 anos sob prisão domiciliar por suas atividades políticas durante o regime da junta militar que governou o país entre 1962 e 2011.

Como Mandela, que passou 27 anos preso por suas atividades no Congresso Nacional Africano e depois se tornou o primeiro chefe de Estado a ser eleito democraticamente na África do Sul, Suu Kyi se negou a tomar o ''caminho fácil'' de permanecer como um ''ícone'', mas escolheu passar à política ativa, explicou.

A medalha de ouro do Congresso esperava Suu Kyi desde 2008, quando os legisladores americanos decidiram concedê-la e o então presidente americano George W. Bush assinou uma lei para fazê-lo, apesar de a ativista estar detida na época.

''Pensamos em concedê-la diretamente então, ''in absentia'' (''em ausência''), mas Suu Kyi sabia que se esperássemos um pouco poderíamos celebrar com ela'', explicou a líder da minoria democrata na Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi.

Suu Kyi, sorridente após receber sua medalha, se mostrou honrada de estar ''em um Parlamento sem divisões, unido para dar as boas-vindas a uma estrangeira de uma terra distante'', e garantiu não sentir-se ''estranha'' entre os legisladores americanos.

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