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Obama promete diplomacia com Irã, mas não encontra Rouhani

Americano se disse determinado a testar os recentes gestos diplomáticos do iraniano, e o desafiou a adotar medidas concretas sobre disputa nuclear

O presidente norte-americano, Barack Obama, fala durante Assembléia-Geral da ONU nesta terça-feira, em Nova York (Andrew Burton/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 24 de setembro de 2013 às 17h44.

Nações Unidas - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama , mostrou-se na terça-feira cautelosamente disposto a um envolvimento diplomático com o Irã , mas uma reunião dele com seu colega iraniano não se materializou, num sinal de que a enraizada desconfiança será difícil de superar.

Em discurso à Assembleia-Geral da ONU, Obama se disse determinado a testar os recentes gestos diplomáticos oferecidos pelo presidente do Irã, Hassan Rouhani, e o desafiou a adotar medidas concretas que levem ao fim da disputa nuclear com o Ocidente.

Após declarações conciliatórias de Rouhani nas últimas semanas, havia grande expectativa de que ele e Obama pudessem se reunir em Nova York, paralelamente à sessão anual da Assembleia-Geral. O encontro acabou não acontecendo.

A reunião seria simbolicamente importante por representar o primeiro contato pessoal entre chefes de governo dos dois países desde a Revolução Islâmica iraniana de 1979.

"Não haverá reunião", disse uma fonte norte-americana de alto escalão. "Sinalizamos que os líderes poderiam ter uma discussão às margens (da Assembleia-Geral) se a oportunidade se apresentasse. Os iranianos nos responderam. Ficou claro que seria muito complicado para eles fazer isto neste momento, por causa da sua própria dinâmica doméstica." Os recentes gestos de Rouhani, incluindo a decisão de retomar negociações nucleares com potências ocidentais, motivaram a esperança de uma distensão nas relações bilaterais. O próprio Obama saudou o "rumo mais moderado" adotado por Rounahi em relação a seu antecessor, Mahmoud Ahmadinejad.

No entanto, contrariando essas expectativas, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que o mundo não deveria se deixar enganar pelas "palavras apaziguadoras" do novo presidente, a quem acusou de tentar mascarar a busca por armas nucleares. Teerã há anos insiste no caráter pacífico das suas atividades.

Em sem discurso à ONU, Obama disse que "palavras conciliatórias precisarão ser acompanhadas de ações que sejam transparentes e verificáveis". "Os obstáculos", prosseguiu, "podem se revelar grandes demais, mas acredito firmemente que o caminho diplomático deva ser testado." Havia a expectativa de que Obama e Rouhani poderiam se cumprimentar de passagem durante um almoço promovido pela ONU, mas o presidente iraniano não compareceu. O canal iraniano Press TV disse que ele se ausentou porque soube que bebidas alcoólicas seriam servidas no evento.

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Em discurso à Assembleia-Geral da ONU, Obama se disse determinado a testar os recentes gestos diplomáticos oferecidos pelo presidente do Irã, Hassan Rouhani, e o desafiou a adotar medidas concretas que levem ao fim da disputa nuclear com o Ocidente.

Após declarações conciliatórias de Rouhani nas últimas semanas, havia grande expectativa de que ele e Obama pudessem se reunir em Nova York, paralelamente à sessão anual da Assembleia-Geral. O encontro acabou não acontecendo.

A reunião seria simbolicamente importante por representar o primeiro contato pessoal entre chefes de governo dos dois países desde a Revolução Islâmica iraniana de 1979.

"Não haverá reunião", disse uma fonte norte-americana de alto escalão. "Sinalizamos que os líderes poderiam ter uma discussão às margens (da Assembleia-Geral) se a oportunidade se apresentasse. Os iranianos nos responderam. Ficou claro que seria muito complicado para eles fazer isto neste momento, por causa da sua própria dinâmica doméstica." Os recentes gestos de Rouhani, incluindo a decisão de retomar negociações nucleares com potências ocidentais, motivaram a esperança de uma distensão nas relações bilaterais. O próprio Obama saudou o "rumo mais moderado" adotado por Rounahi em relação a seu antecessor, Mahmoud Ahmadinejad.

No entanto, contrariando essas expectativas, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que o mundo não deveria se deixar enganar pelas "palavras apaziguadoras" do novo presidente, a quem acusou de tentar mascarar a busca por armas nucleares. Teerã há anos insiste no caráter pacífico das suas atividades.

Em sem discurso à ONU, Obama disse que "palavras conciliatórias precisarão ser acompanhadas de ações que sejam transparentes e verificáveis". "Os obstáculos", prosseguiu, "podem se revelar grandes demais, mas acredito firmemente que o caminho diplomático deva ser testado." Havia a expectativa de que Obama e Rouhani poderiam se cumprimentar de passagem durante um almoço promovido pela ONU, mas o presidente iraniano não compareceu. O canal iraniano Press TV disse que ele se ausentou porque soube que bebidas alcoólicas seriam servidas no evento.

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