Barack Obama: ''Acho que uma grande quantidade de proprietários de armas está de acordo que os AK-47 devem estar nas mãos dos soldados'' (©AFP / Saul Loeb)
Da Redação
Publicado em 26 de julho de 2012 às 19h58.
Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu nesta quarta-feira consenso ao Congresso e defendeu a adoção de políticas ''de bom senso'' para reduzir a violência causada pelas armas.
''Acho que uma grande quantidade de proprietários de armas está de acordo que os AK-47 devem estar nas mãos dos soldados, não dos criminosos'', disse Obama em seu discurso em Nova Orleans diante da Liga Nacional Urbana, uma organização de defesa dos direitos civis e dos afro-americanos.
Seis dias depois do tiroteio em um cinema de Aurora, no estado do Colorado, que terminou com o saldo de 12 mortos e 58 feridos, Obama pediu um consenso entre democratas e republicanos no Congresso para frear a violência armada.
O presidente, também candidato democrata à reeleição, fez referência à necessidade de verificar os antecedentes daqueles que querem comprar armas e de manter os desequilibrados mentais longe delas.
Sem entrar em detalhes, Obama indicou que as medidas para o controle da posse de armas deveriam ser ''de bom senso'' e não gerar ''controvérsia''.
Embora tenha voltado a defender a Segunda Emenda da Constituição, que consagra o direito dos americanos à posse de armas, Obama falou sobre o problema da violência com algumas das afirmações mais contundentes sobre o tema desde sua chegada à Casa Branca.
Nos EUA, há mais de 300 milhões de armas de fogo em posse dos cidadãos, e os massacres como o ocorrido em Aurora, nos arredores de Denver, reiniciam o debate sobre o direito consagrado na Segunda Emenda.
No final de 2011, 73% dos americanos se mostraram contrários à proibição da posse de armas de fogo, segundo uma enquete do instituto Gallup.
Após o tiroteio em Aurora, as solicitações para poder comprar armas em Denver aumentaram em torno de 40%.