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Obama: o adeus nos bastidores

Os holofotes importam, mas as verdades estão mesmo nos bastidores. Na reta final de seu mandato, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, realiza hoje um discurso sobre sua diplomacia e sobre a questão dos refugiados na Assembleia das Nações Unidas, em Nova York. Longe dos palcos, busca resolver impasses militares e deixar uma marca. Nos […]

BARACK OBAMA:O presidente eleito Donald Trump enfrenta condições muito mais fáceis que Obama, que enfrentou os maiores desafios desde a grande depressão  / Photo by Olivier Douliery-Pool/Getty Images

BARACK OBAMA:O presidente eleito Donald Trump enfrenta condições muito mais fáceis que Obama, que enfrentou os maiores desafios desde a grande depressão / Photo by Olivier Douliery-Pool/Getty Images

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Da Redação

Publicado em 19 de setembro de 2016 às 20h13.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h36.

Os holofotes importam, mas as verdades estão mesmo nos bastidores. Na reta final de seu mandato, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, realiza hoje um discurso sobre sua diplomacia e sobre a questão dos refugiados na Assembleia das Nações Unidas, em Nova York. Longe dos palcos, busca resolver impasses militares e deixar uma marca.

Nos últimos dias, Obama se reuniu com os primeiros ministros chinês, Li Keqiang, e iraquiano, Haider al-Abadi. Com o primeiro, condenou o teste nuclear que a Coreia do Norte realizou na semana passada, esperando que Keqiang possa tomar providências para influenciar os norte coreanos. Juntos, os líderes afirmaram que buscarão sanções legais no comitê de segurança da ONU para retirar armas nucleares da península. Com o segundo, firmou uma parceria para retomar militarmente a cidade de Mosul, um distrito de mais de 2 milhões de habitantes ao norte do Iraque, tomado pelo Estado Islâmico.

Obama também deve se reunir amanhã com o premiê israelense Benjamin Netanyahu — que teve seus atritos com os americanos, diante da resistência no tratado nuclear que Obama firmou com o Irã. Na semana passada, Estados Unidos e Israel fecharam um acordo de segurança que deverá desembolsar 38 bilhões de dólares em Israel no decorrer de 10 anos — maior quantia já dada a um aliado pelos Estados Unidos. É o maior argumento de Obama para pautar seu próprio acordo de paz entre Israel e a Palestina, à revelia de Netanyahu.

Em 2009, no seu primeiro congresso da ONU, Obama tinha pontos-chave em seu discurso: reduzir a proliferação nuclear no mundo, trazer paz ao Oriente Médio e fechar acordos em torno da questão das mudanças climáticas. Apesar de avanços, quase tudo ficou pelo caminho. Agora, apesar da pressa de Obama, a sombra de Donald Trump não é exatamente um grande estímulo para que os aliados fechem acordos com os EUA.

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