Washington, 25 set (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, inicia neste domingo uma viagem nacional de três dias na qual promoverá seu plano para a criação de empregos, arrecadará fundos e tentará revitalizar sua base eleitoral.

Obama começará sua viagem em Washington e na Califórnia, dois Estados tradicionalmente democratas e nos quais participará de atos de arrecadação de fundos.

Em Seattle (Washington), no bairro rico de Medina, o presidente participará de um ato com uma centena de doadores. Posteriormente, estará em um almoço no Paramount Theatre, para o qual foram convidadas pelo menos 300 pessoas, entre ativistas comunitários e sindicalistas.

Na segunda-feira, Obama viajará para Califórnia, onde participará de uma assembleia popular organizada pelo LinkedIn, uma rede social de profissionais com mais de 120 milhões de membros no mundo todo, na cidade de Mountain View.

Já na terça-feira, o presidente americano concluirá sua viagem em Denver (Colorado), onde fará um discurso sobre seu plano de US$ 447 bilhões para a criação de empregos.

Dessa maneira, Obama procura afiançar o apoio dos principais blocos de sua base eleitoral, no momento em que a anêmica recuperação econômica desponta como o tema dominante nas eleições de 2012.

A viagem acontece quando as pesquisas demonstram uma base eleitoral desencantada com Obama, em particular os negros e hispânicos afetados pela alta taxa de desemprego, e uma oposição desafiante pelo movimento conservador Tea Party.

Na noite de sábado, durante um discurso a parlamentares negros, Obama solicitou a "ajuda" dos eleitores afro-americanos em sua luta pela recuperação econômica do país.

Obama pediu, usando três sinônimos diferentes, que deixem de reclamar e o ajudem a pressionar o Congresso pela aprovação de seu plano de empregos, entre outras medidas.

Em declarações ao canal de televisão "CNN" neste domingo, o principal assessor político da Casa Branca, David Plouffe, acusou os republicanos de defender os interesses dos mais ricos e das corporações, em detrimento da classe média.

Plouffe reconheceu que a recuperação econômica "levará algum tempo", mas deixou em claro que Obama "confia em seus assessores", por isso não espera mudanças na equipe econômica da Casa Branca. EFE