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Da Redação
Publicado em 9 de setembro de 2011 às 15h01.
Richmond, Estados Unidos - Na tentativa de recuperar a economia norte-americana e suas chances de reeleição, o presidente Barack Obama deu início a uma batalha na sexta-feira para obter o apoio dos republicanos para um plano de criação de empregos de 447 bilhões de dólares.
As propostas, que preveem cortes de impostos para trabalhadores e empresários, foram cuidadosamente redigido para atrair os eleitores de classe média que gravitam em direção ao centro político.
Um dia depois de divulgar suas ideias no Capitólio, Obama apresentou o plano diretamente aos norte-americanos em um discurso proferido na Richmond University, no Estado da Virginia, dando início a uma campanha para promover o pacote em todo o país.
"Tudo nele colocará mais pessoas de volta ao mercado de trabalho e mais dinheiro no bolso de quem está trabalhando", disse ele a milhares de estudantes, professores e simpatizantes no evento decorado com sinais de "2012."
"Vamos aprovar logo esse projeto de lei dos empregos", disse ele em meio a aplausos.
A Casa Branca considera o plano de Obama - um misto de cortes de impostos e investimentos para melhorar estradas, pontes e escolas - como a melhor aposta para reduzir a taxa de 9,1 por cento de desemprego, que ameaça a Presidência dele.
Estimativas iniciais sugeriram que o pacote pode estimular o crescimento dos EUA entre 1 e 3 pontos percentuais em 2012, reduzir a taxa de desemprego em ao menos meio ponto percentual e criar mais de 1 milhão de empregos. Mark Zandi, economista-chefe da Moody's Analytics e ex-assessor do candidato presidencial republicano em 2008, John McCain, disse que o plano poderia criar 1,9 milhão de empregos.
Com a divulgação do projeto pelo país, Obama espera reunir apoio suficiente para pressionar os republicanos a apoiarem o plano, de forma que ele possa começar a reduzir o desemprego antes que os eleitores decidam sobre quem apoiarão em novembro de 2012.
"A próxima eleição é daqui a 14 meses", disse Obama numa rara sessão conjunta do Congresso na quinta-feira. "E as pessoas que nos trouxeram aqui - as pessoas que nos contrataram para trabalharmos para elas - não podem se dar o luxo de esperar 14 meses."