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Obama homenageia mortos na Líbia e promete "ficar firme"

Diante dos caixões cobertos com bandeiras dos EUA, Obama prometeu fazer de tudo para proteger os diplomatas norte-americanos no exterior


	A secretária de Estado americano Hillary Clinton e o presidente Barack Obama: "Os Estados Unidos nunca vão recuar diante do mundo", disse Obama
 (©AFP / Mandel Ngan)

A secretária de Estado americano Hillary Clinton e o presidente Barack Obama: "Os Estados Unidos nunca vão recuar diante do mundo", disse Obama (©AFP / Mandel Ngan)

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Da Redação

Publicado em 14 de setembro de 2012 às 21h06.

Base aerea de Andrews - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, participou na sexta-feira de uma homenagem aos funcionários diplomáticos mortos nesta semana na Líbia, e prometeu "ficar firme" contra os protestos antiamericanos que varrem o mundo islâmico.

Diante dos caixões cobertos com bandeiras dos EUA, Obama prometeu fazer de tudo para proteger os diplomatas norte-americanos no exterior e disse que vai responsabilizar os governos estrangeiros por sua salvaguarda.

"Os Estados Unidos nunca vão recuar diante do mundo", disse Obama a uma plateia que incluía familiares dos mortos, pessoal diplomático e militares, no interior de um vasto hangar da Base Aérea Andrews, nos arredores de Washington.

Protestos contra um filme norte-americano semiamador que retrata o profeta Maomé de forma ofensiva se espalharam nesta semana pelo mundo islâmico. Na terça-feira, uma multidão atacou o consulado dos EUA na cidade de Benghazi, matando o embaixador norte-americano na Líbia e outros três funcionários diplomáticos.

Os incidentes, iniciados no dia do 11o aniversário dos atentados islâmicos de 11 de setembro de 2001 contra os EUA, motivaram questionamentos sobre a forma como o governo Obama lidou com as revoluções da Primavera Árabe desde o início de 2011, e colocaram a política externa no centro da atual campanha presidencial nos EUA.


O candidato republicano à reeleição, Mitt Romney, e outros políticos de oposição viram no ataque ao consulado em Benghazi e a outras sedes diplomáticas dos EUA um sinal de enfraquecimento do país no cenário mundial sob o governo de Obama.

O presidente democrata, candidato à reeleição, admitiu que estes estão sendo "dias difíceis", mas prometeu resistir.

"Vamos trazer à justiça aqueles que os tiraram de nós. Vamos ficar firmes contra a violência contra nossas missões diplomáticas. Vamos continuar fazendo tudo que estiver ao nosso poder para proteger os norte-americanos que servem no exterior, o que pode significar aumentar a segurança em nossos postos diplomáticos, trabalhar com países anfitriões que têm a obrigação de fornecer segurança, e deixar claro que a justiça chegará para aqueles que fazem mal aos norte-americanos." A secretária norte-americana de Estado, Hillary Clinton, novamente tratou de desvincular o governo dos EUA da produção do filme, e reiterou que a reação violenta é "totalmente inaceitável". Ela disse que países como Egito, Tunísia e Líbia, que derrubaram regimes autoritários nos últimos dois anos, "não trocaram a tirania de um ditador pela tirania da turba".

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