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Obama falará ao mundo muçulmano, diz jornal

Segundo Wall Street Journal, presidente vai fazer pronunciamento sobre a morte de Bin Laden e as revoltas do mundo árabe

Obama faz seu discurso ao mundo muçulmando no Egito, em 2009 (Alejandro Pagni/AFP)

Obama faz seu discurso ao mundo muçulmando no Egito, em 2009 (Alejandro Pagni/AFP)

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Da Redação

Publicado em 11 de maio de 2011 às 14h52.

Washington - O presidente americano, Barack Obama, pronunciará um discurso dirigido ao mundo muçulmano após a morte de Osama bin Laden e em meio à instabilidade no Oriente Médio e no norte da África, informou nesta quarta-feira o Wall Street Journal.

Obama está preparando um discurso de amplo alcance para a próxima semana com o argumento de que a morte de Bin Laden, assim como os levantes populares no mundo muçulmano, ressaltam a opinião dos Estados Unidos de que a rede extremista Al Qaeda perdeu força.

Ben Rhodes, assessor-adjunto de Segurança Nacional na Casa Branca, disse ao jornal que Obama provavelmente pronunciará seu discurso antes de partir para uma viagem de cinco dias à Europa, no dia 23 de maio, cerca de três semanas após um comando americano no Paquistão abater o líder da Al-Qaeda.

"É uma coincidência interessante de tempos: que tenha sido assassinado no mesmo momento em que se tem um modelo emergente de mudança na região que é completamente oposto ao modelo de Bin Laden", disse Rhodes ao jornal.

Funcionários afirmaram que o presidente argumentará que Bin Laden representava um enfoque fracassado do passado, enquanto os movimentos populares que surgem no Oriente Médio e África do Norte representam o futuro.

O presidente não abre mão de se dirigir aos muçulmanos desde que chegou à Casa Branca e pensa em descrever o mundo islâmico como em uma encruzilhada, indicaram funcionários americanos ao jornal.

A mensagem de Obama chega em um momento tumultuado no mundo muçulmano, com revoltas populares que derrubaram ditadores de muitos anos na Tunísia e no Egito, e conflitos que ameaçam os governos de Líbia, Bahrein, Síria, Iêmen e Jordânia.

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