Trump e Obama: "o presidente eleito (Trump) já indicou seu desejo de continuar mantendo reuniões com o presidente Obama ao longo da transição" (Kevin Lamarque/Reuters)
EFE
Publicado em 22 de novembro de 2016 às 18h13.
Washington - O atual presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e o futuro líder do país a partir do dia 20 de janeiro, Donald Trump, voltaram a se falar após a reunião entre ambos no dia 10 de novembro, a fim de preparar a transição, segundo informou nesta terça-feira o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest.
"Posso dizer que o presidente teve uma conversa com o presidente eleito desde que se reuniram no Salão Oval", disse Earnest em sua entrevista coletiva diária.
O porta-voz não quis detalhar o conteúdo do diálogo nem confirmar se houve mais de uma conversa, ao dizer que é necessário "proteger a capacidade do presidente Obama de manter reuniões confidenciais".
"Mas durante sua visita ao Salão Oval, o presidente eleito (Trump) já indicou seu desejo de continuar mantendo reuniões com o presidente Obama ao longo da transição. E o presidente Obama também indicou a alta prioridade de proporcionar uma transição fluente e eficaz", ressaltou Earnest.
Alguns veículos de imprensa americanos já tinham informado sobre a nova conversa entre Obama e Trump, algo que o próprio presidente eleito revelou supostamente em reunião privada na segunda-feira com executivos e apresentadores de emissoras de televisão.
Segundo uma fonte anônima citada pelo site "Politico", Trump elogiou Obama de forma efusiva durante a reunião privada e disse que tinha se saído "muito bem" em seu primeiro encontro em pessoa, algo que não esperava, e que tem muito respeito pelo atual presidente, além de acreditar que esse sentimento "é mútuo".
Durante a visita à Casa Branca dois dias depois das eleições, Trump afirmou "desejava trabalhar com o presidente (Obama) no futuro, inclusive para pedir conselhos", e se mostrou disposto a falar com o atual líder "muitas vezes".
Obama focou na necessidade de proporcionar um processo de transição sem transtornos e se comprometeu a fazer todo o possível para "ajudar Trump a ter sucesso" porque assim "o país terá sucesso".