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Obama diz que câmbio deve refletir realidades econômicas

Presidente americano volta a criticar desvalorização do iuane e pede que emergentes aumentem suas demandas internas

Barack Obama defendeu que o câmbio siga os fundamentos do mercado (Chung Sung-Jun/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 12 de novembro de 2010 às 11h36.

Seul - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou nesta sexta-feira que as taxas de câmbio devem refletir as realidades econômicas, em entrevista coletiva concedida no encerramento da Cúpula do G20 em Seul.

Obama disse que o iuane "está abaixo de seu valor", o que representa um fator "irritante não só para os EUA, mas também para muitos dos parceiros comerciais da China em todo o mundo".

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Segundo o líder americano, a China "gasta muito dinheiro para manter sua moeda subvalorizada", e deverá, "de modo gradual, fazer uma transição ao valor de mercado".

Nesta cúpula das economias mais importantes do mundo, os líderes fizeram um apelo para que os países "se abstenham" de praticar desvalorizações competitivas de suas moedas, origem da chamada "guerra de divisas" das últimas semanas.

O comunicado do G20 considera que "as moedas devem refletir os fundamentos do mercado.

"É a melhor maneira de garantir que todos nos beneficiemos" do crescimento econômico, sustentou Obama.

O presidente americano afirmou que, embora o pior da crise econômica já tenha passado, o crescimento não progride o suficiente, especialmente nos EUA, onde a criação de empregos não consegue decolar.

No comunicado, o G20 estabelece um plano de medidas que devem ser iniciadas nos próximos meses para que haja um "crescimento sustentado e equilibrado".

Um dos desequilíbrios que devem ser combatidos é o da balança comercial e por conta corrente. Os países emergentes, que crescem com força, estão consumindo e investindo muito menos do que produzem e gastam. Por outro lado, os países desenvolvidos crescem com timidez e consomem muito mais do que produzem.

No meio desta situação, países como os EUA pediram aos emergentes, e especialmente à China, que potencializem sua demanda interna para não depender tanto das exportações.

Neste contexto, o G20 se compromete a criar, em 2011, "guias indicativos" que medirão o nível de desequilíbrio nas balanças por conta corrente dos países.

Se esses guias determinarem que o desequilíbrio chega a níveis perigosos, os países teriam que tomar medidas urgentes. O Fundo Monetário Internacional (FMI) dará apoio à vigilância destes indicadores.

Inicialmente, os EUA queriam um limite de 4% para os superávits e déficits por conta corrente, proposta que foi rapidamente abandonada.

Rádio EXAME: G20 não muda cenário e países vão barrar fluxo de capitais

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