Obama deverá vetar lei que autoriza oleoduto EUA-Canadá
Câmara de Representantes votará na sexta-feira um texto que autoriza o início imediato da construção do oleoduto Keystone XL
Da Redação
Publicado em 7 de janeiro de 2015 às 08h35.
Washington - O presidente americano Barack Obama está disposto a vetar um projeto de lei do Congresso que autoriza a construção do controverso oleoduto Keystone XL, entre os Estados Unidos e o Canadá , advertiu a Casa Branca na terça-feira, destacando a necessidade de respeitar o processo administrativo em curso.
"Se o Congresso aprovar esta lei, o presidente não vai assiná-la", declarou Josh Earnest, porta-voz do Executivo americano, acrescentando que, no fundo, Obama não tomou sua decisão sobre este tema sensível, transformado por seus adversários republicanos, atualmente em maioria no Congresso, em um símbolo político.
A Câmara de Representantes votará na sexta-feira um texto que autoriza o início imediato da construção do oleoduto Keystone XL. A maioria republicana é capaz de aprovar com facilidade o documento, que deve, em seguida, receber o aval da Câmara e do Senado, antes de chegar às mãos de Obama.
"Existe um processo bem estabelecido (de exame do projeto), que não deve ser afetado por uma proposta de lei", acrescentou Earnest.
O projeto colossal, da empresa TransCanada, apoiado firmemente por Ottawa, está suspenso há seis anos por decisão do governo Obama.
O governo canadense do conservador Stephen Harper convocou novamente na terça-feira os Estados Unidos a aprovar este controverso projeto.
"Neste momento, isso não constitui um debate entre Canadá e Estados Unidos, trata-se de um debate entre o presidente e o povo americano, que apoia de maneira esmagadora o projeto", declarou o porta-voz Greg Rickford, ministro canadense de recursos naturais, em um e-mail à AFP.
"Nossa posição se mantém a respeito de Keystone: pensamos que o projeto deve ser aprovado", ressaltou o porta-voz.
Os republicanos têm a intenção de aprová-lo. Para eles, o projeto é sinônimo de empregos e independência energética, mas a maioria dos democratas são hostis à obra por causa dos riscos ambientais que ela representa.
O Canadá é o quinto produtor mundial de petróleo e busca levar seu produto a outros mercados.
A companhia canadense TransCanada apresentou um primeiro pedido em setembro de 2008, e submeteu um novo traçado em abril de 2012.
O presidente da empresa, Russ Griling, protestou: "Durante décadas, o processo para estudar e tomar uma decisão para um projeto de infraestrutura como o de Keystone levava dois anos. Sejamos claros, isso é apenas um oleoduto, não é o primeiro, nem o último", disse.
Com 1.900 km de extensão - dos quais 1.400 km são nos Estados Unidos - a Keystone XL permitirá transportar areias betuminosas do oeste do Canadá até as refinarias do Golfo do México.
Em novembro, o Senado americano - na época, controlado pelos democratas - rejeitou com escassa maioria uma lei que tinha autorizado a construção imediata do oleoduto.
Os ecologistas do Greenpeace Canadá aplaudiram esta ameaça de veto de Obama.
"Chegou a hora de o governo canadense mostrar um pouco de seriedade, diversificando sua economia e investindo em fontes energéticas renováveis que geram postos de trabalho sem, por isso, sacrificar o planeta", reagiu Mike Hudeman.
Se o presidente exercer seu veto, as duas câmaras poderão superá-lo, mas precisariam de uma maioria de dois terços, algo difícil de conseguir sem o apoio de um grande número de democratas.
Washington - O presidente americano Barack Obama está disposto a vetar um projeto de lei do Congresso que autoriza a construção do controverso oleoduto Keystone XL, entre os Estados Unidos e o Canadá , advertiu a Casa Branca na terça-feira, destacando a necessidade de respeitar o processo administrativo em curso.
"Se o Congresso aprovar esta lei, o presidente não vai assiná-la", declarou Josh Earnest, porta-voz do Executivo americano, acrescentando que, no fundo, Obama não tomou sua decisão sobre este tema sensível, transformado por seus adversários republicanos, atualmente em maioria no Congresso, em um símbolo político.
A Câmara de Representantes votará na sexta-feira um texto que autoriza o início imediato da construção do oleoduto Keystone XL. A maioria republicana é capaz de aprovar com facilidade o documento, que deve, em seguida, receber o aval da Câmara e do Senado, antes de chegar às mãos de Obama.
"Existe um processo bem estabelecido (de exame do projeto), que não deve ser afetado por uma proposta de lei", acrescentou Earnest.
O projeto colossal, da empresa TransCanada, apoiado firmemente por Ottawa, está suspenso há seis anos por decisão do governo Obama.
O governo canadense do conservador Stephen Harper convocou novamente na terça-feira os Estados Unidos a aprovar este controverso projeto.
"Neste momento, isso não constitui um debate entre Canadá e Estados Unidos, trata-se de um debate entre o presidente e o povo americano, que apoia de maneira esmagadora o projeto", declarou o porta-voz Greg Rickford, ministro canadense de recursos naturais, em um e-mail à AFP.
"Nossa posição se mantém a respeito de Keystone: pensamos que o projeto deve ser aprovado", ressaltou o porta-voz.
Os republicanos têm a intenção de aprová-lo. Para eles, o projeto é sinônimo de empregos e independência energética, mas a maioria dos democratas são hostis à obra por causa dos riscos ambientais que ela representa.
O Canadá é o quinto produtor mundial de petróleo e busca levar seu produto a outros mercados.
A companhia canadense TransCanada apresentou um primeiro pedido em setembro de 2008, e submeteu um novo traçado em abril de 2012.
O presidente da empresa, Russ Griling, protestou: "Durante décadas, o processo para estudar e tomar uma decisão para um projeto de infraestrutura como o de Keystone levava dois anos. Sejamos claros, isso é apenas um oleoduto, não é o primeiro, nem o último", disse.
Com 1.900 km de extensão - dos quais 1.400 km são nos Estados Unidos - a Keystone XL permitirá transportar areias betuminosas do oeste do Canadá até as refinarias do Golfo do México.
Em novembro, o Senado americano - na época, controlado pelos democratas - rejeitou com escassa maioria uma lei que tinha autorizado a construção imediata do oleoduto.
Os ecologistas do Greenpeace Canadá aplaudiram esta ameaça de veto de Obama.
"Chegou a hora de o governo canadense mostrar um pouco de seriedade, diversificando sua economia e investindo em fontes energéticas renováveis que geram postos de trabalho sem, por isso, sacrificar o planeta", reagiu Mike Hudeman.
Se o presidente exercer seu veto, as duas câmaras poderão superá-lo, mas precisariam de uma maioria de dois terços, algo difícil de conseguir sem o apoio de um grande número de democratas.