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Obama deve conquistar aliado em primeiro encontro com papa

Presidente dos EUA vai encontrar no Papa Francisco um aliado bem-vindo para as questões da pobreza e da justiça social

Barack Obama: presidente entrou em conflito com a hierarquia da Igreja Católica nos Estados Unidos por seu apoio ao aborto, ao casamento entre pessoas do mesmo sexo, e por sua política para contracepção (Mandel Ngan/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 26 de março de 2014 às 12h54.

Cidade do Vaticano - Apesar das diferenças nas questões morais, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, vai encontrar no Papa Francisco um aliado bem-vindo para as questões da pobreza e da justiça social quando eles se encontrem pela primeira vez no Vaticano na quinta-feira.

O presidente entrou em conflito com a hierarquia da Igreja Católica nos Estados Unidos por seu apoio ao aborto, ao casamento entre pessoas do mesmo sexo, e por sua política para contracepção, que exige de empregadores que ofereçam planos de saúde para o controle da natalidade.

O papa Francisco, embora tenha deixado claro que não haverá alterações na doutrina católica sobre estas questões, tem usado uma abordagem mais suave do que seus antecessores.

Para tirar um pouco da ênfase nesses assuntos, ele tenta concentrar a Igreja na ajuda aos desfavorecidos do mundo e sinaliza sua insatisfação com os efeitos polarizadores de uma "guerra de culturas" entre os católicos norte-americanos.

"O papa Francisco deixou claro que a sua ênfase é na pobreza, imigração e outras questões sociais", disse o monsenhor Robert Wister, teólogo e professor de História da Igreja na Seton Hall University, nos Estados Unidos.

Desde sua eleição há um ano, o papa criticou várias vezes o capitalismo desenfreado, os excessos trazidos à tona pela crise financeira global e a desigualdade social, mesmo em países desenvolvidos.

De sua parte, Obama tem repetidamente elogiado o papa Francisco por sua compaixão e foco em ajudar os pobres. A reunião pode ajudar a dar um impulso a algumas de suas iniciativas domésticas, como impulsionar a classe média e ajudar norte-americanos de baixa renda a serem bem-sucedidos.


A Casa Branca disse que Obama queria discutir "importantes desafios globais: como a falta de mobilidade econômica e oportunidade", acrescentando que a voz do papa é crucial enquanto "olhamos ao redor do mundo para áreas de conflito, perseguição religiosa e pobreza".

A postura mais aberta do papa Francisco em relação às mulheres e homossexuais também ressoa com Obama, que contou com esses dois grupos para ajudá-lo a chegar à Presidência em 2008 e 2012.

Católicos também foram um eleitorado importante para sua reeleição e continuam a ser um grupo-chave para os democratas, que esperam controlar o Senado dos EUA nas eleições de novembro.

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O presidente entrou em conflito com a hierarquia da Igreja Católica nos Estados Unidos por seu apoio ao aborto, ao casamento entre pessoas do mesmo sexo, e por sua política para contracepção, que exige de empregadores que ofereçam planos de saúde para o controle da natalidade.

O papa Francisco, embora tenha deixado claro que não haverá alterações na doutrina católica sobre estas questões, tem usado uma abordagem mais suave do que seus antecessores.

Para tirar um pouco da ênfase nesses assuntos, ele tenta concentrar a Igreja na ajuda aos desfavorecidos do mundo e sinaliza sua insatisfação com os efeitos polarizadores de uma "guerra de culturas" entre os católicos norte-americanos.

"O papa Francisco deixou claro que a sua ênfase é na pobreza, imigração e outras questões sociais", disse o monsenhor Robert Wister, teólogo e professor de História da Igreja na Seton Hall University, nos Estados Unidos.

Desde sua eleição há um ano, o papa criticou várias vezes o capitalismo desenfreado, os excessos trazidos à tona pela crise financeira global e a desigualdade social, mesmo em países desenvolvidos.

De sua parte, Obama tem repetidamente elogiado o papa Francisco por sua compaixão e foco em ajudar os pobres. A reunião pode ajudar a dar um impulso a algumas de suas iniciativas domésticas, como impulsionar a classe média e ajudar norte-americanos de baixa renda a serem bem-sucedidos.


A Casa Branca disse que Obama queria discutir "importantes desafios globais: como a falta de mobilidade econômica e oportunidade", acrescentando que a voz do papa é crucial enquanto "olhamos ao redor do mundo para áreas de conflito, perseguição religiosa e pobreza".

A postura mais aberta do papa Francisco em relação às mulheres e homossexuais também ressoa com Obama, que contou com esses dois grupos para ajudá-lo a chegar à Presidência em 2008 e 2012.

Católicos também foram um eleitorado importante para sua reeleição e continuam a ser um grupo-chave para os democratas, que esperam controlar o Senado dos EUA nas eleições de novembro.

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