Obama: "Tudo isso é feito sem nenhuma demonstração econômica, factual ou lógica. É frustrante" (Kevin Lamarque/Reuters)
AFP
Publicado em 20 de setembro de 2017 às 19h11.
O ex-presidente dos Estados Unidos Barack Obama fez uma incomum aparição pública nesta quarta-feira para se posicionar contra os últimos esforços republicanos para revogar sua reforma de saúde.
Em um evento que contou com a participação de Bill e Melinda Gates, em Nova York, Obama disse que é "exasperante" ver os republicanos avançarem com um plano que, segundo ele, seria o pior para os americanos.
Defendendo sua reforma do sistema de saúde de uma nova votação contra ela no Congresso, de maioria republicana, que pode ocorrer na semana que vem, Obama assegurou que a lei impulsada sob seu governo não é perfeita, mas que "hoje há pessoas que estão vivas graças a ela".
"Quando vejo as pessoas tentando desfazer esse progresso duramente conquistado (...), com projetos de lei que aumentariam os custos, reduziriam a cobertura ou reverteriam as proteções para os americanos idosos, as pessoas com condições pré-existentes, os que sobreviveram a um câncer, as grávidas ou as crianças com autismo ou asma, para quem a cobertura seria quase inalcançável, é exasperante".
"E tudo isso é feito sem nenhuma demonstração econômica, factual ou lógica de bom senso. É frustrante", opinou Obama.
"E certamente é frustrante que tenhamos que nos mobilizar a cada dois meses para evitar que nossos líderes inflijam um verdadeiro sofrimento humano a nossos eleitores", acrescentou.