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Obama critica oposição por falta de alternativas contra EI

Obama afirmou que os Estados Unidos realizaram 9.000 ataques contra o Estado Islâmico e conseguiram retomar o controle de cidades


	O presidente americano, Barack Obama: presidente afirmou que os Estados Unidos realizaram 9.000 ataques
 (Mandel Ngan/AFP)

O presidente americano, Barack Obama: presidente afirmou que os Estados Unidos realizaram 9.000 ataques (Mandel Ngan/AFP)

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Da Redação

Publicado em 21 de dezembro de 2015 às 10h46.

Honolulu - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse que seu governo está aberto a alguma "crítica legítima" por não explicar adequadamente a sua estratégia para combater o Estado Islâmico, mas repreendeu os pré-candidatos presidenciais republicanos por criticarem a política, mas não apresentarem alternativas.

Em uma entrevista concedida em 17 dezembro, e que irá ao ar na rádio pública NPR nesta segunda-feira pela manhã, Obama atribuiu a queda em seus índices de aprovação ao modo como tem lidado com o terrorismo pela saturação de informações na mídia sobre as ações do Estado Islâmico, após os ataques de 13 de novembro em Paris que mataram 130 pessoas.

Obama afirmou que os Estados Unidos realizaram 9.000 ataques contra o Estado Islâmico e conseguiram retomar o controle de cidades, incluindo Sinjar, no Iraque, que antes estava em mãos do grupo militante.

"Quando você lhes pergunta, 'bem, o que você faria em vez disso?', eles não têm uma resposta ", disse Obama sobre os pré-candidatos republicanos que ele tem observado em debates na TV.

A entrevista é uma das muitas tentativas recentes do presidente de amenizar os temores dos norte-americanos depois dos ataques em Paris e a ação de um casal extremista muçulmano em San Bernardino, Califórnia, em 2 de dezembro, que matou 14 pessoas a tiros.

Uma sondagem nacional do Centro de Pesquisas Pew constatou que 37 por cento dos entrevistados aprovam a forma como Obama está lidando com o terrorismo, enquanto 57 por cento a desaprovam. Foi a classificação mais baixa que ele recebeu sobre o assunto.

Em sua coletiva de imprensa de fim de ano antes de partir para duas semanas de férias no Havaí, Obama pediu aos norte-americanos que se mantenham vigilantes quanto às ameaças internas, mas sem se deixarem aterrorizar ou dividir.

"Quanto ao nosso lado, acho que há uma crítica legítima sobre o que nossa administração tem feito, no sentido de que não temos ... de modo regular ... descrito todo o trabalho que temos feito há mais de um ano para derrotar o ISIL", disse ele, usando o acrônimo em inglês para descrever o Estado Islâmico.

Quando lhe perguntaram se iria estudar a criação de uma zona de exclusão aérea na Síria, como a pré-candidata presidencial democrata Hillary Clinton sugeriu, Obama disse que tal movimento não serviria para combater o Estado Islâmico, já que o grupo não tem uma força aérea.

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