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Obama anunciará corte de impostos a empresas investidoras em P&D

A medida terá um custo de US$ 100 bilhões, afirmou o um funcionário, que pediu anonimato já que a proposta não foi apresentada formalmente

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 5 de setembro de 2010 às 18h15.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciará na próxima semana uma proposta para aumentar cortes de impostos a empresas que investem em pesquisa e desenvolvimento (P&D), indicou hoje um funcionário da Casa Branca.

Obama pressionará o Congresso para que aumente e estenda permanentemente benefícios fiscais às empresas que invistam em P&D em solo americano e, portanto fomentem criação de empregos, antecipou a "CNN".

A medida terá um custo de US$ 100 bilhões, afirmou o funcionário, que pediu anonimato já que a proposta não foi apresentada formalmente. Espera-se que Obama exponha essa iniciativa durante o discurso sobre economia que pronunciará na próxima quarta-feira no campus da Facudade de Cuyahoga em Cleveland.

Esta será a primeira de uma série de medidas econômicas (que poderiam incluir mais cortes de impostos para a classe média e mais investimento em energias limpas e em infraestrutura) com as quais Obama voltará a fazer nova tentativa de impulsionar a economia americana, que não está crescendo no ritmo esperado.

O Produto Interno Bruto (PIB) do país cresceu no segundo trimestre 1,6%, muito abaixo dos 2,4% que havia calculado inicialmente. A economia é um assunto crítico numa época em que se aproximam as eleições legislativas, que serão celebradas em novembro, nas quais a Câmara de Representantes e um terço do Senado serão renovados.

O senador John McCain criticou hoje as políticas econômicas de Obama. Em declarações à emissora "Fox", o republicano disse que o Governo só abordou a economia superficialmente e as políticas geraram "insegurança" nos empresários e nos investidores.

Laura Tyson, membro do Conselho de Consultores Econômicos do presidente, assinalou que medidas como o corte permanente de impostos às empresas de P&D deveriam ser prioridade para gerar emprego. A taxa de desemprego em agosto nos EUA subiu um décimo, até se manter em 9,6%.

Laura assinalou que o déficit já não é o principal problema econômico. "O maior problema que temos é uma economia lenta, falta de emprego... realmente precisamos focar nossas prioridades e estabelecer a criação de postos de trabalho", declarou no programa "Face The Nation" da "CBS".

As novas medidas não serão equiparáveis ao plano de estímulo de US$ 787 bilhões que promulgou em fevereiro de 2009 com o objetivo de reaquecer a economia, seriamente afetada pela crise econômica mundial.

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