Mundo

Obama alerta que jihadismo no Iraque ameaça outros países

Presidente alertou para a possibilidade de que combatentes extremistas venham desestabilizar outros países


	Membro do EIIL levam presos para serem executados no Iraque
 (Reprodução/Twiiter)

Membro do EIIL levam presos para serem executados no Iraque (Reprodução/Twiiter)

DR

Da Redação

Publicado em 22 de junho de 2014 às 14h24.

O presidente Barack Obama alertou para a possibilidade de que combatentes extremistas, que comandam uma insurgência no Iraque, venham a desestabilizar outros países na região e ameaçar os Estados Unidos.

O grupo jihadista Estado Islâmico no Iraque e no Levante (EILL) conquistou cidades importantes e se aproxima da capital iraquiana, Bagdá. Seu objetivo é criar um Estado islâmico, que reuniria também a vizinha Síria.

Obama descartou enviar novamente tropas americanas ao país árabe, mas afirmou temer um impacto ainda maior dos insurgentes, alertando que "sua ideologia extremista cria uma ameaça a médio e longo prazo" para os Estados Unidos.

"Vamos ter que ficar atentos. No momento, o problema com o EILL é o fato de que eles estão desestabilizando o país", declarou, durante entrevista ao canal CBS transmitida neste domingo.

"Isso pode se espalhar para outros aliados nossos, como a Jordânia", advertiu, acrescentado: "Eles estão envolvidos na guerra na Síria onde, no vácuo que foi criado, podem conseguir mais armas, mais recursos".

O presidente acredita, no entanto, que os iraquianos não vão aceitar o domínio do grupo extremista, que ameaça dividir o país apenas três anos depois do fim da ocupação americana.

"O ponto de uma organização como essa é que, tipicamente, quando eles controlam território, por eles serem tão violentos, por eles serem tão extremistas, com o tempo a população local os rejeita", ressaltou.

"Já vimos isso diversas outras vezes. Vimos durante a Guerra do Iraque, em lugares como a província de Anbar, onde tribos sunitas repentinamente se voltaram contra eles por causa de sua ideologia extremista", relatou.

Obama já havia avisado que tropas americanas não poderiam manter o Iraque unido se seus líderes políticos não trabalhassem para a unificação do país.

"Mas acho que é importante reconhecer que o EILL é só uma entre várias organizações em que devemos focar", afirmou o presidente, citando a Al-Qaeda no Iêmen e o Boko Haram na Nigéria.

"E isso vai ser um desafio global, que os Estados Unidos vão ter que enfrentar, mas não podemos fazer isso sozinhos", assinalou.

O senador republicano Rand Paul, citado como possível candidato às eleições presidenciais de 2016, disse à CNN que teme um guerra civil no Iraque.

"Mas será uma guerra civil entre um lado de pessoas irresponsáveis, aliadas ao Irã, e do outro, aliados da Al-Qaeda", alertou.

"É preciso se perguntar: você está disposto a enviar seu filho para lá? Estou disposto a enviar meu filho para retomar uma cidade, Mossul, que eles mesmos não querem defender? Não estou disposto a enviar meu filho para aquela bagunça", concluiu.

Acompanhe tudo sobre:Barack ObamaEstado IslâmicoEstados Unidos (EUA)IraqueIslamismoPaíses ricosPersonalidadesPolíticosSunitasTerrorismo

Mais de Mundo

Argentina conclui obra-chave para levar gás ao centro-norte do país e ao Brasil

MP da Argentina pede convocação de Fernández para depor em caso de violência de gênero

Exército anuncia novas ordens de alistamento para judeus ultraortodoxos em Israel

Eleição nos EUA: país reforça segurança de trabalhadores e das urnas