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Obama afirma que reformará políticas de imigração neste ano

Reformas de políticas de imigração serão feitas antes do fim do ano, se depender do presidente americano


	Barack Obama: reformas podem impedir a deportação de 5 milhões de imigrantes ilegais
 (Brendan Smialowski/AFP)

Barack Obama: reformas podem impedir a deportação de 5 milhões de imigrantes ilegais (Brendan Smialowski/AFP)

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Da Redação

Publicado em 14 de novembro de 2014 às 09h36.

Naypyidaw - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou nesta sexta-feira que usará seus poderes executivos para reformar, antes do fim do ano, as políticas de imigração, o que pode impedir a deportação de cinco milhões de imigrantes ilegais.

"Isto vai ocorrer antes do fim de ano", disse Obama em um comparecimento perante a imprensa junto à líder opositora birmanesa, Aung San Suu Kyi, em Yangun, a antiga capital de Mianmar (Mianmar).

Obama, que qualificou os Estados Unidos como um "país de imigrantes", assinalou que o sistema de imigração de seu país está quebrado e que necessita ser atualizado para enfrentar os problemas atuais.

"Se o Congresso não atuar, eu usarei toda autoridade que possuo por lei para tentar melhorar o sistema", disse o líder americano.

Obama acrescentou que está disposto a assinar uma lei de imigração assim que o Congresso a apresentar.

Segundo o jornal "The New York Times", Obama planeja anunciar na próxima semana um pacote de medidas executivas que protegerão da deportação cinco milhões de imigrantes ilegais.

O influente jornal é o segundo meio que aponta um anúncio de Obama sobre imigração para na próxima semana, já que a emissora conservadora "Fox" se pronunciou no mesmo sentido nesta quarta-feira.

A publicação sustenta que uma "peça-chave" do plano de Obama é permitir que muitos pais de crianças que são cidadãos americanos ou residentes legais obtenham permissões de trabalho e evitem assim a ameaça da deportação.

Essa parte do plano poderia afetar entre 2,5 e 3,3 milhões de pessoas, dependendo do tempo de permanência no país (dez ou cinco anos) que for fixado como requisito para os potenciais beneficiados.

Perante o iminente anúncio migratório do presidente, um grupo de republicanos liderado pelos senadores Ted Cruz, Mike Lee e Jeff Sessions ameaça bloquear a aprovação de fundos para financiar o funcionamento do governo e a "anistia ilegal" que, segundo eles, Obama pretende realizar.

O líder da maioria democrata no Senado, Harry Reid, pediu a Obama que não anuncie suas medidas sobre imigração até que o Congresso aprove, antes do próximo 11 de dezembro, o pacote de despesas que financiaria o governo em 2015.

"O presidente disse que vai tomar medidas executivas. A questão é quando. Isso é sua decisão. Mas eu gostaria que as finanças do país estivessem resolvidas antes de fazer qualquer coisa nesse assunto", disse Reid à imprensa nesta quinta-feira à saída do Senado.

Enquanto isso, o presidente da Câmara dos Representantes, o republicano John Boehner, reiterou que Obama está "brincando com fogo" e que qualquer ação unilateral que adotar eliminará a possibilidade de aprovar uma reforma migratória no Congresso, além de "pôr em perigo" o consenso bipartidário em outros assuntos.

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