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Obama afirma que Bashar al-Assad deve deixar o poder

O presidente americano também impôs fortes sanções contra Damasco, incluindo um congelamento de bens e a proibição de investimentos dos EUA na Síria

Barack Obama: "chegou o momento para o povo sírio determinar seu próprio destino, e vamos continuar firmemente ao seu lado" (Joe Raedle/AFP)
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Da Redação

Publicado em 25 de julho de 2012 às 17h51.

Washington - O presidente americano, Barack Obama, exigiu nesta quinta-feira que o presidente sírio, Bashar al-Assad, "deixe o poder", e impôs fortes sanções contra Damasco, incluindo um congelamento de bens e a proibição de investimentos dos EUA na Síria.

"Nós dissemos de forma consistente que o presidente Assad deve liderar uma transição democrática ou sair do caminho. Ele não liderou. Pelo bem do povo sírio, chegou o momento para que o presidente Assad deixe o poder", disse Obama.

Este foi o primeiro pedido explícito dos Estados Unidos para que Assad deixe o poder, ao mesmo tempo em que aumenta a pressão sobre o líder sírio para acabar com a revolta, que já deixou mais de 2 mil mortos até agora, de acordo com ativistas de Direitos Humanos.

Mas Obama também enfatizou que Washington "não pode e não irá impor esta transição à Síria" e prometeu atender o "forte desejo dos sírios de que não haja intervenção estrangeira em seu movimento".

"Chegou o momento para o povo sírio determinar seu próprio destino, e vamos continuar firmemente ao seu lado", disse Obama em um comunicado, rapidamente ecoado pela União Europeia.

"A UE registra a perda completa da legitimidade do presidente Bashar al-Assad nos olhos do povo sírio e a necessidade de que ele deixe o poder", afirmou a chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, em um comunicado.

Mais cedo nesta quinta-feira, a chefe de Direitos Humanos da ONU, Navi Pillay, afirmou que a Síria pode ter cometido crimes contra a Humanidade em sua sangrenta repressão contra a dissidência e exortou o Conselho de Segurança da ONU a submeter a questão ao Tribunal Penal Internacional.

O Conselho de Segurança da ONU deve se reunir nesta quinta-feira para ouvir Pillay.

O presidente dos EUA impôs uma onda de novas sanções econômicas contra a Síria que, segundo ele, irão "aprofundar o isolamento financeiro do regime de Assad", já atingido por estar na lista dos EUA de estados patrocinadores do terrorismo.

Obama ordenou o congelamento dos bens do governo sírio sob jurisdição americana, proibiu que qualquer empresa ou cidadão americano realize negócios com o governo sírio, cessou as importações de petróleo ou de produtos derivados da Síria e vetou que cidadãos ou empresas americanas "operem ou invistam na Síria".

"Esperamos que as ações de hoje sejam amplificadas por outras", disse o presidente dos EUA, ressaltando que qualquer transição democrática síria "vai levar tempo" e advertindo que o povo sírio enfrenta "mais luta e sacrifício."

Os Estados Unidos haviam anunciado anteriormente que Assad perdeu sua legitimidade para governar e que a Síria estaria melhor sem ele, mas não exigiram explicitamente que ele deixasse o poder.

Mas ativistas e algumas pessoas em Washington criticaram Obama por exigir a queda de Muamar Kadhafi mas não fazer o mesmo com Assad, cuja sangrenta repressão atraiu atenção mundial.

Autoridades americanas afirmaram na última semana que o governo planejava exigir a renúncia de Assad, mas ainda não havia decidido sobre o melhor momento.

A secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, havia indicado que os Estados Unidos não queriam correr o risco e que era essencial que os vizinhos da Síria e a comunidade internacional simultaneamente aumentassem a pressão sobre Assad.

Hillary afirmou que a pressão árabe sobre a Síria foi particularmente importante na campanha contra Assad. Nesta semana, a Tunísia retirou seu embaixador de Damasco, seguindo Arábia Saudita, Kuwait e Bahrein.

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Washington - O presidente americano, Barack Obama, exigiu nesta quinta-feira que o presidente sírio, Bashar al-Assad, "deixe o poder", e impôs fortes sanções contra Damasco, incluindo um congelamento de bens e a proibição de investimentos dos EUA na Síria.

"Nós dissemos de forma consistente que o presidente Assad deve liderar uma transição democrática ou sair do caminho. Ele não liderou. Pelo bem do povo sírio, chegou o momento para que o presidente Assad deixe o poder", disse Obama.

Este foi o primeiro pedido explícito dos Estados Unidos para que Assad deixe o poder, ao mesmo tempo em que aumenta a pressão sobre o líder sírio para acabar com a revolta, que já deixou mais de 2 mil mortos até agora, de acordo com ativistas de Direitos Humanos.

Mas Obama também enfatizou que Washington "não pode e não irá impor esta transição à Síria" e prometeu atender o "forte desejo dos sírios de que não haja intervenção estrangeira em seu movimento".

"Chegou o momento para o povo sírio determinar seu próprio destino, e vamos continuar firmemente ao seu lado", disse Obama em um comunicado, rapidamente ecoado pela União Europeia.

"A UE registra a perda completa da legitimidade do presidente Bashar al-Assad nos olhos do povo sírio e a necessidade de que ele deixe o poder", afirmou a chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, em um comunicado.

Mais cedo nesta quinta-feira, a chefe de Direitos Humanos da ONU, Navi Pillay, afirmou que a Síria pode ter cometido crimes contra a Humanidade em sua sangrenta repressão contra a dissidência e exortou o Conselho de Segurança da ONU a submeter a questão ao Tribunal Penal Internacional.

O Conselho de Segurança da ONU deve se reunir nesta quinta-feira para ouvir Pillay.

O presidente dos EUA impôs uma onda de novas sanções econômicas contra a Síria que, segundo ele, irão "aprofundar o isolamento financeiro do regime de Assad", já atingido por estar na lista dos EUA de estados patrocinadores do terrorismo.

Obama ordenou o congelamento dos bens do governo sírio sob jurisdição americana, proibiu que qualquer empresa ou cidadão americano realize negócios com o governo sírio, cessou as importações de petróleo ou de produtos derivados da Síria e vetou que cidadãos ou empresas americanas "operem ou invistam na Síria".

"Esperamos que as ações de hoje sejam amplificadas por outras", disse o presidente dos EUA, ressaltando que qualquer transição democrática síria "vai levar tempo" e advertindo que o povo sírio enfrenta "mais luta e sacrifício."

Os Estados Unidos haviam anunciado anteriormente que Assad perdeu sua legitimidade para governar e que a Síria estaria melhor sem ele, mas não exigiram explicitamente que ele deixasse o poder.

Mas ativistas e algumas pessoas em Washington criticaram Obama por exigir a queda de Muamar Kadhafi mas não fazer o mesmo com Assad, cuja sangrenta repressão atraiu atenção mundial.

Autoridades americanas afirmaram na última semana que o governo planejava exigir a renúncia de Assad, mas ainda não havia decidido sobre o melhor momento.

A secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, havia indicado que os Estados Unidos não queriam correr o risco e que era essencial que os vizinhos da Síria e a comunidade internacional simultaneamente aumentassem a pressão sobre Assad.

Hillary afirmou que a pressão árabe sobre a Síria foi particularmente importante na campanha contra Assad. Nesta semana, a Tunísia retirou seu embaixador de Damasco, seguindo Arábia Saudita, Kuwait e Bahrein.

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